Osmar Dias defende ação integrada em favor da agricultura

Brasília –  O líder do PDT no Senado Federal, Osmar Dias defendeu em discurso no plenário a tomada de medidas urgentes pelo Congresso Nacional e o governo federal no suporte aos agricultores do País. O senador paranaense pediu urgência na aprovação do Projeto de Lei de sua autoria que moderniza as sociedades cooperativas no Brasil e destacou a necessidade de o governo estabelecer o preço mínimo a culturas que suprem o abastecimento interno, de forma que os agricultores tenham rentabilidade e condições de produzir. “faz 11 anos que este projeto está no Senado. É difícil acreditar que um projeto tão importante seja colocado na gaveta. Só no meu Estado, 550 mil famílias fazem parte das cooperativas. São 2 milhões e 200 mil pessoas envolvidas diretamente neste ramo de atividade do qual 85% dos seus integrantes são agricultores familiares”, afirmou.
O parlamentar paranaense destacou que é importante trabalhar para realizar o sonho do agricultor familiar de crescer, de ter mais renda, de poder ser um dia um médio ou um grande produtor rural. “Querer reprimir o crescimento do agricultor familiar para que ele continue dependendo das políticas governamentais é mais que uma ignorância, é má-fé. O que eu quero é que o agricultor familiar tenha uma política pública tão boa à disposição dele que possa realizar o sonho de crescer, de se transformar num produtor maior, num empresário rural, ligado a uma cooperativa que vai lhe dar suporte, para vencer as dificuldades de mercado e do dia a dia. Por isso defendo a modernização do cooperativismo e maior apoio à agricultura”, completou.
Em seu discurso, Osmar lembrou que o Brasil correu o risco, no ano passado, de ficar à mercê do trigo argentino, canadense e americano. Para reverter este quadro, o senador destacou a importância da defesa feita pelas cooperativas paranaenses pela garantia de preço mínimo e do escoamento da produção. “Estamos colhendo no Paraná a maior safra de sua história. Maravilha a safra, pena que os preços estão lá embaixo, o preço da soja, do milho, as commodities, os preços muito baixos. O governo precisa estar atento a isso, porque o preço do transporte subiu, o custo de produção pode ter baixado em alguns aspectos, mas subiu em outros, principalmente taxa de juros, e nós não estamos conseguindo dar rentabilidade ao produtor. É preciso agir e agir rápido, principalmente nessas culturas que têm como característica o abastecimento interno e garantir a comercialização dessa grande produção da safra” destacou o senador pedetista.

Eficiência
Na opinião do líder pedetista, as cooperativas do Paraná e do Brasil são a interpretação mais clara da eficiência do setor produtivo deste País. “Através das cooperativas brasileiras e, em especial do Paraná, é que nós temos conquistado avanços, modernização e, sobretudo, dado uma grande contribuição do setor produtivo nacional, principalmente da agricultura brasileira, da agropecuária para a balança comercial. Só neste ano que passou, 42% de tudo que foi exportado saiu do campo. E muito daquilo que foi exportado passou por uma cooperativa ou pelo sistema cooperativista”, salientou o senador.
Osmar ressaltou ainda que o cooperativismo paranaense é responsável pela geração de 1,2 milhão postos de trabalho em 13 ramos de atividade, desde as cooperativas agrícolas, de produção, da eletrificação, do crédito rural, das cooperativas médicas, das cooperativas de trabalho e que o setor alcançou faturamento de R$ 25 bilhões no ano passado, o equivalente a 20% do PIB do Estado.
O senador pedetista defendeu que os representantes das cooperativas paranaenses apresentem um projeto de desenvolvimento que fortaleça o Paraná pelos próximos quatro anos. “Vocês elaboraram um projeto de lei, eu coloquei aqui no Senado, ele vai virar lei, vai ser muito bom para as cooperativas. Façam um projeto para que o Paraná, nos próximos quatro anos, possa aproveitar ainda mais a força do cooperativismo para impulsionar a sua economia", disse Osmar