22/08/2023
Política

Osmar Dias diz que decisão em não compor com o PT é “irreversível”

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Da redação – O senador Osmar Dias (PDT) deu a entender que já não fala mais em aliança com o PT para as eleições de outubro deste ano, durante a entrevista coletiva na noite desta quinta-feira (29) em Guarapuava. Ele está na cidade  para receber o título de Cidadão Benemérito do Município, às 20 horas, na Câmara de Vereadores. A homenagem foi proposta pelo vereador Elcio Melhem (PP).

"Quem me conhece sabe muito bem que quando tomo uma decisão fica muito dificil voltar atrás e quem quer uma aliança não agride", afirmou referindo-se a declarações feitas pelo deputado federal André Vargas e pelo presidente estadual do PT, Ênio Verri.

Osmar Dias voltou a afirmar que a sua conversa com o presidente Lula acontecia em nível e que o diálogo com o PT do Paraná passou a acontecer em outro nível e "nesse nível eu não converso", atacou.

Em tom irônico, o senador criticou os comentários que estão sendo postados no twitter, em especial, por André Vargas desde o dia em que o senador cancelou a reunião que aconteceria em Brasília, marcada para 6 de abril. "O twitter agora virou uma palhaçada por parte de quem não tem coragem de falar na frente", alfinetou.

O pivô do "racha" entre o PDT e o PT foi a indisposição de Gleisi Hoffmann em aceitar a vaga de vice na chapa pedetista, uma condição exigida por Osmar Dias para selar a aliança.

"Não tenho disposição para aguentar desaforos de alguém, muito menos do PT. A nossa conversa acabou faz tempo", disse.

Questionado pela jornalista Cristina Esteche, da Rede Sul de Notícias, sobre o comentário feito nesta quinta-feira pelo ministro Paulo Bernardo de que o PT estaria disposto a firmar um acordo com a ala peemedebista liderada pelo governador Orlando Pessuti e também com o PDT, mas não abre mão do engajamento na campanha de Dilma Roussef no Paraná e da candidatura ao Senado, Osmar Dias limitou-se a dizer que o PT "está certo, mas se eles tem uma candidata à Presidência, o PDT tem um candidato a governador".

O senador disse ainda em busca de uma política de alianças está conversando com o presidente do PPS no Paraná, Rubens Bueno e também com o presidente nacional, Roberto Freire. Em relação aos comentários de que comporia com o PSDB de Beto Richa o senador disse que embora defenda uma posição de unidade política, isso só é possível quando se tem apenas um candidato. "Com dois não dá", ironizou.

Osmar Dias não poupou nem mesmo o presidente Lula que recebeu críticas do senador pelo veto de dois projetos de sua autoria. Um deles limitava tempo para que motoristas dirigissem nas estradas e

outro que propunha, segundo o senador, que a cada três meses cada concessionária publicasse em jornal e na internet, o quanto faturou e investiu naquele trecho de rodovia. "Com isso a gente saberia exatamente qual a tarifa justa, mas o Lula beneficou as concessionárias", atacou.

Cristina Esteche

Jornalista

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