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Da Redação
Curitiba – O Diretório Estadual do PDT no Paraná está em compasso de espera, mas mantém firme a pré-candidatura do ex-senador Osmar Dias à sucessão no Palácio Iguaçu.
De acordo com o secretário-geral do partido, Adalberto Grein, a Nota Oficial emitida por Osmar Dias criticando o apoio à Assembleia Constituinte na Venezuela foi apenas uma posição pública expondo a sua posição contrária a alguns “caciques” do Diretório Nacional, numa referência, principalmente, ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. “Não existe nenhuma deliberação do PDT a esse respeito. O que houve foram alguns comentários particulares por parte de alguns e divulgados por parte da imprensa do Paraná. Sobre isso estou me pautando pela credibilidade da imprensa”. Segundo Grein, a intenção de Osmar Dias foi expor a sua opinião sobre o que está acontecendo na Venezuela. “O Osmar entende que não há mais espaço para a tirania e quis deixar isso bem claro”, afirmou à RSN nesta terça (1º).
Nesse sentido, Grein descarta, no momento, qualquer possibilidade do ex-senador trocar o PDT pelo Podemos.
“O Osmar recebeu convites para ingressar no Podemos, no DEM, no PSD, mas continua no PDT e mesmo que a candidatura de Alvaro Dias à presidência se consolide, e o PDT lance Ciro Gomes na chapa majoritária em nível nacional, não haverá interferência na possível candidatura de Osmar Dias ao Governo do Paraná”.
De acordo com Grein, no início deste ano, durante reunião do Diretório Nacional, Osmar Dias e Ciro Gomes conversaram sobre o assunto. “O Osmar deixou bem claro que caso Álvaro Dias seja candidato à presidência ele trabalhará pelo irmão. Eles [Osmar e Alvaro] sempre colocaram as questões familiares acima da política e o Ciro [Gomes] entendeu e aceitou essa condição”.
Segundo Grein, o entendimento de ambos é que com Osmar Dias trabalhando para o seu irmão no Paraná, tiraria voto no PSDB, o que beneficiaria Ciro Gomes nessa região. Assim como Ciro tira votos do candidato de Beto Richa no Nordeste, beneficiando Álvaro Dias nessa região.
“Esse assunto já está encaminhado com jogo aberto, transparente, conversa franca entre Osmar e Ciro. A política tem que entender que há algo que não pode ser ignorado e a principal delas é a família”.
