O segundo ciclo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) já desembolsou aproximadamente R$ 1 trilhão, conforme balanço divulgado hoje (11) sobre os quatro anos de programa. Deste total, R$ 253,3 bilhões tiveram como destino ações de geração de energia elétrica, petróleo e gás natural. Foram agregados mais 15,9 mil megawatts (MW) ao parque gerador do país, sendo 5.708 MW apenas em 2014.
Parte dessa energia (3.636 MW) foi obtida com o início da operação de 51 turbinas das usinas hidrelétricas de Santo Antônio (com capacidade de 3.15 mil MW) e Jirau (3.75 mil MW), no Rio Madeira (RO). Mais 18.839 MW serão agregados ao sistema, com a construção de oito outras hidrelétricas; e outros 1.992 MW com a conclusão de três termelétricas.
A geração a partir da energia eólica também contribuiu para o resultado, principalmente após a operação de 108 usinas, totalizando 2.849 MW de capacidade instalada. Com a conclusão das obras, mais 89 usinas eólicas acrescentarão 2.324 MW ao sistema.
De acordo com o balanço, 23.239 MW, com origem nas diversas fontes, ainda entrarão no sistema elétrico, na medida em que as obras forem concluídas. Só a Usina de Belo Monte, que, segundo a ministra do Planejamento Miriam Belchior, já está com 62% da obra concluídos, terá 11.233 MW de capacidade instalada. A de Teles Pires (MT) tem 97% de suas obras executadas.
O PAC 2 concluiu 53 linhas de transmissão de energia elétrica, com praticamente 20 mil km de extensão e 15 subestações. Segundo os dados, foram concedidos mais de 26 mil km de novas linhas. O investimento previsto para a empreitada é R$ 36,3 bilhões.
Ainda sobre energia, foram concluídos 28 empreendimentos em exploração de petróleo, 21 no refino e petroquímica, 11 em fertilizantes e gás natural e três em combustíveis renováveis. De acordo com o balanço, no período foram contratados financiamentos de 426 embarcações e 13 estaleiros.
Para Miriam Belchior, "graças ao Pré-Sal, o país tem batido recordes na produção de petróleo". Ela informou que, em outubro, a produção nacional alcançou a marca de 640 mil barris em um único dia, o que corresponde a 28% da produção diária do país.
Ao longo de quatro anos, o governo investiu R$ 22 bilhões em obras de modernização e melhoria da qualidade das refinarias. O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro está com 82% das obras concluídas. Na Bacia de Santos, nove plataformas estão operando.
Nas demais, o destaque fica com a operação de mais oito plataformas, construídas total ou parcialmente. Além disso, 448 poços tiveram suas perfurações iniciadas. Destes, 174 estão localizados no mar e 198 em terra.