O Sindicato Rural de Guarapuava promoveu na manhã desta quinta-feira (22), o 3º módulo do Programa de Desenvolvimento Florestal. DE acordo com a Assessoria de Imprensa da entidade, cerca de 40 produtores rurais se reuniram no anfiteatro da entidade para assistir à palestra "Adequação ambiental e diversificação econômica da propriedade rural com a exploração de madeira nativa", com a engenheira agrônoma da Unisafe Consultoria, Mary Silvia Ferro.
Especialista em meio ambiente e agroecologia, ela enfocou a importância do mapeamento da propriedade para a identificação de áreas improdutivas e ambientais; o cumprimento da legislação ambiental (novo Código Florestal); e, ainda, para a diversificação econômica, com a exploração de madeiras nativas. Ela apresentou também o cenário regional do mercado de madeiras nativas.
Mary Silvia Ferro explicou porque vários produtores decidiram apostar naquela modalidade de reflorestamento: “A demanda de mercado de madeira nativa, hoje, é muito superior à produção. Há um déficit de mercado que, daqui a 30 anos, vai estourar”, previu. Exemplificando, a agrônoma mencionou as madeiras que poderiam significar alternativas para propriedades do centro-sul paranaense. “A principal é a araucária. Hoje, para se ter uma idéia, o metro cúbico já chegou, no mercado, a R$ 1,6 mil, quando se fala de R$ 100 ou R$ 150 em pinus. É a madeira, que, sem sombra de dúvida, tem a melhor qualidade”, disse, apontando ainda a peroba como outra alternativa.
A especialista destacou que, para a implantação de exploração comercial de árvores nativas, o produtor deve, partindo de um mapeamento da propriedade, realizar um estudo de viabilidade econômica; em seguida, é necessário informar os órgãos ambientais de que, na área escolhida, haverá implantação de floresta para uso comercial.