22/08/2023
Economia

Panificadoras seguram o preço do pão francês até onde podem

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 Cristina Esteche

A partir dos próximos dias o café que vai para a mesa do guarapuavano vai estar mais caro. Com a disparada do dólar a farinha de trigo, principal material prima da panificação, o preço do pão francês e de outras guloseimas vai sofrer alta de até 30%, segundo panificadores.

Assim como valor do quilo  do pãozinho varia na cidade, nãos erá diferente com o reajuste. Mas por enquanto, o consumidor pode aproveitar porque a decisão, embora por muito pouco tempo, seja por segurar o preço.

“Fizemos uma compra grande de trigo há algum tempo e isso permite que a gente mantenha o valor do quilo do pão francês em R$ 8,99, mas não sera por muito tempo”, diz Gilmar Ferrazza, dono de uma das panificadoras do Centro de Guarapuava. Segundo ele, o valor pode chegar a R$ 9,50 por quilo. “O trigo da Argentina vai ficar mais caro por causa das chuvas que fez a safra ser menor. Então vai haver falta do produto”, observa.

Em outra panificadora da cidade, o gerente de produção Marcos Kramer, diz que está segurando o preço “enquanto dá”, mas essa decisão não vai permanecer por muito tempo. “Com o dólar subindo do jeito que está vamos ter que seguir essa tendência e repassar o aumento dos produtos ao consumidor”. Kramer calcula que o reajuste será na média dos 30%. “O quilo do pão francês deve beirar os R$ 13”, antecipa.

Sem reajustar o valor do pão desde janeiro deste ano, quando o produto já sofreu uma lata de cerca de 12%, a administradora de uma das panificadoras de Guarapuava, Daysi Yamaguti, disse que o quilo do pão francês, por enquanto, está em R$ 8,90. “Como a farinha de trigo está cotada em dólar por ser importada não vamos conseguir segurar esse valor por muito tempo. Acredito que a alta vai girar em torno de 20%”, afirma. Assim como o pão, os demais produtos de panificação, também terão mais alta, já que  outros insumos como óleo, açúcar, fermento e embalagens também ficaram mais caros e as indústrias da panificação, principalmente, aquelas que trabalham com a parte de confeitaria, já tiveram de reajustar esses produtos em até 10%.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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