Esta quinta (24) começou em alta tensão com os ataques bélicos da Rússia à Ucrânia. E como não poderia ser diferente, a insegurança com o desdobrar da guerra, causou um ‘reboliço’ no mercado financeiro.
A volatilidade, a aversão a risco, reverbera no Brasil e no mundo. De acordo com o economista de Guarapuava, Felipe Polzin, esse sentimento faz com que os investidores corram atrás de investimentos seguros. Surgem então o dólar, o ouro, entre outras moedas fortes.
O conflito geopolítico surge num momento em que estávamos nos recuperando da pandemia do coronavírus. No entanto, agora, há também riscos de falta de suprimentos por causa de sanções econômicas.
Conforme o economista, a Rússia é uma grande exportadora de petróleo. Também fornece boa parte do gás natural que sustenta a matriz energética da Europa Ocidental. Por isso, qualquer conflito que envolva o país e a Região pode impactar a oferta.
Assim, os preços disparam e incluem os derivados. Para se ter um parâmetro, na máxima do dia, o petróleo foi negociado acima da marca de US$ 105 o barril. Um valor que não era alcançado desde 2014.
“Todo esse cenário leva as pessoas a retraírem investimentos. Dependendo do ramo, podem reduzir a capacidade produtiva da indústria”. Conforme Polzin, nesse cenário a economia mundial pisa no freio.
As Bolsas de Moscou já caíram em 10% e há uma trava de segurança para que os mercados evitem entrar em pânico. As Bolsas de Xangai, Europa, Nova Iorque e Brasil operam em queda pelo temor do que pode acontecer.
SEM POSIÇÃO
Entretanto, segundo Polzin, no Brasil existe um outro fator de incerteza. “O Itamaraty e o Governo Federal não se posicionaram. Não se sabe se vão apoiar um ou outro lado do conflito. E isso vai impactar no mercado financeiro”.
Ainda de acordo com o economista, outra questão importante, é o tempo de duração do conflito. “Quem vai apoiar, vai atingir outros países”? Ou seja, ainda é muito cedo, no entanto, para dimensionar com precisão os riscos e perdas que o confronto pode gerar.
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