A baixa umidade do ar somada aos ventos fortes, à vegetação ressecada e os picos de calor durante o dia são fatores ideais que contribuem para o aumento de incêndios em vegetação em áreas urbanas e rurais nessa época do ano. Por isso, a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) alertam a população para que contribuam no trabalho de prevenção de incêndios e atentem com relação ao manejo do fogo.
Comparado ao ano passado, o Estado registrou menos ocorrências no mesmo período do mês (de 01 a 07 de agosto). Enquanto em 2013 o Corpo de Bombeiros registrou 829 incêndios, nesse ano ocorreram 257 casos que atingiram cerca de 54 hectares.
A diferença nos registros se deve ao fato de que no mês de julho nevou em muitas regiões do Estado, que contribui para que a vegetação ficasse ainda mais seca. Já no mesmo período de 2014, o Estado registrou uma das maiores incidências de chuvas da sua história, que contribui no sentido oposto. “Mas nós não precisamos ter um dado como o de 2013 para trabalhar na prevenção”, explica o capitão PM Eduardo Pinheiro, da Defesa Civil do Paraná.
Segundo o capitão, a região do Estado que tem apresentando o maior número de ocorrências é a Região Metropolitana de Curitiba. Apenas nessa quarta e quinta-feira (7 e 8) os municípios de Colombo, Quatro Barras, Fazenda Rio Grande e Rio Branco do Sul registraram quatro focos de incêndio. “Apesar de não termos uma condição ideal como no noroeste do Estado, por exemplo, a Região Metropolitana de Curitiba é onde tivemos a maior demanda até o momento. O que frisa a importância de trabalhar na prevenção de acidentes ligados aos incêndios”, completou.
O IAP alerta que provocar incêndios em vegetação nativa sem a devida autorização e o conhecimento de órgãos ambientais competentes é considerado crime ambiental. Nesse caso, o dono do terreno e/ou pessoa responsável pelo manejo do fogo pode sofrer as sanções previstas na Lei de Crimes Ambientais e receber multas que variam de acordo com a área queimada.
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
O IAP é responsável por 68 unidades de conservação em todo o Estado e para diminuir o número de ocorrências por incêndios em vegetação, os parques estaduais contam com o “Plano de Prevenção e Combate ao Fogo”. Esse plano envolve funcionários do IAP, Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental e iniciativa privada.
“Nossas Unidades são relativamente grandes e por isso é necessário o envolvimento de moradores e produtores rurais do entorno delas que, ao perceber qualquer princípio de fogo, comuniquem imediatamente ao representante da Defesa Civil do município, IAP ou Corpo de Bombeiros. Essa estratégia contribuiu muito no passado e continua contribuindo”, lembra o presidente interino do órgão, Luciano Marchesini.