22/08/2023
Segurança

Paraná é o terceiro estado com mais assaltos e arrombamentos a bancos

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (24) mostrou que o Paraná, no ano de 2012, foi o terceiro estado com o maior número de ocorrências envolvendo instituições bancárias. Entre assaltos e arrombamentos, foram 214 casos. Este volume fez com que o estado ganhasse uma colocação neste ranking negativo, em relação a 2011. De acordo com a pesquisa, o estado líder foi São Paulo, com 492 ataques, e em segundo lugar aparece Minas Gerais, com 301 ocorrências.

Em todo o país, foram registrados 2.530 ataques, sendo que 1.763 foram arrombamentos e 767 assaltos. De um ano para outro, o levantamento indica que houve um aumento de 56,95% nestes tipos de crimes.
Os dados pertencem a 4ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com apoio técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese). As informações foram coletadas a partir de reportagens divulgadas na imprensa, estatísticas de Secretarias de Segurança Pública (SSP) e dados de sindicatos e federações de vigilantes e bancários.

No caso do Paraná, foram 34 assaltos e 180 arrombamentos. O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana, João Soares, que é o coordenador da pesquisa, lamentou os números estaduais. Ele confessou que havia uma expectativa de que o estado tivesse conseguido diminuir as ocorrências.

Para Soares, a facilidade com que os criminosos conseguem adquirir explosivos é um motivador. Ele cita ainda a falta de fiscalização. “Não existe nenhuma avaliação de risco dos locais de instalação dos caixas eletrônicos. Não existe uma lei para que alguém faça uma avaliação se a região traz risco ou facilidade para arrombamento”, argumentou.
Soares chamou atenção também para os números dos três primeiros meses deste ano. Segundo ele, de janeiro a março, foram 60 ataques. Destes, 44 explosões, 15 arrombamentos, 11 assaltos e duas saidinhas de banco – quando o cliente é assaltado ao deixar a agência.

O presidente do sindicato lembra que o número pode ser ainda maior. “Com certeza este número é ainda maior. Uma grande parcela dos casos não é registrada, não tem boletim, não é noticiado, porque as instituições financeiras não têm interesse, é ruim para eles”, complementou.

Cristina Esteche

Jornalista

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