O Paraná é o maior produtor nacional de feijão-preto e um dos principais no cultivo de outras variedades do grão. Por isso, o Governo do Estado investiu no melhoramento genético para aumentar a rentabilidade e a produtividade. Segundo a assessoria, o trabalho é feito pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).
São 39 cultivares já registradas, resultado de anos de pesquisas e cruzamentos genéticos. A mais recente, o feijão-preto IPR Urutau, foi lançada em abril, em Ponta Grossa. Além disso, atualmente o Paraná tem 16 novas linhagens em fase final de produção de semente genética e pré-registro para proteção no Ministério da Agricultura. Praticamente todas as variedades consumidas pelos paranaenses. O feijão-preto que está na mesa de todo o país, saiu das mãos dos pesquisadores do Iapar.
CARACTERÍSTICAS
Ciclos de cultivo mais curtos, tolerância a diferentes climas, posição de crescimento que facilita a colheita mecânica. Além disso, a qualidade culinária do grão fazem parte do processo de melhoramento genético. A pesquisadora do Iapar Vânia Moda Cirino, pós-doutora em Genética e Melhoramento de Plantas, explica que das 39 cultivares desenvolvidas pelo instituto desde os anos 1970, aproximadamente 10 estão em franca produção.
Conforme ela, as variedades têm uma vida útil e quando são muito plantadas, acabam sendo menos resistentes a pragas e doenças. “Por isso, o melhoramento genético é um processo contínuo que permite colocar no mercado novas variedades, mais resistentes e que superam a anterior em rendimento, além de ganharem outras características”.