22/08/2023
Guarapuava Saúde

Paraná já registrou 24 variantes da covid-19 durante a pandemia

Os estudos apontam predominância da variante zeta (P.2), com origem no Rio de Janeiro em 2020, com 536 resultados positivos

Testagem Covid-19 - Foto: Clevis Massola

Paraná registra circulação de 24 variantes da covid-19 (Foto: Clevis Massola)

Desde março de 2020, início da pandemia no país, o Paraná já registrou a circulação de 24 variantes da covid-19. Dessa maneira, a confirmação chegou após o envio de testes RT-PCR positivos de paranaenses para sequenciamento genômico na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Ezequiel Dias (Funed). Com a orientação da Rede Genômica Fiocruz e do Ministério da Saúde.

Conforme o Laboratório Central do Estado (Lacen/PR), quinzenalmente as amostras vão para a investigação e monitoramento das cepas. Assim, a seleção é feita de forma aleatória e cumpre os critérios técnicos e epidemiológicos. Portanto, refletem um recorte de um cenário e servem de balizador de pesquisa e informação.

AMOSTRAS

Dessa forma, 925 amostras foram enviadas. Sendo que 599 tiveram resultados divulgados e 326 ainda estão em processamento. Como resultado, os estudos apontam predominância da variante zeta (P.2), com origem no Rio de Janeiro, em 2020, sendo de 536 resultados positivos. E, também, a variante gama (P.1 ou amazônica), considerada preocupante devido a alta capacidade de transmissão, a partir de 2021.

Com relação a cepa P.2, 92 amostras identificadas a partir de outubro de 2020. Entretanto, há registros de 78 positivados para a B.1.1.28, linhagem que evoluiu dessa cepa e está presente desde março no Paraná.

Além disso, também há registros de circulação da B.1.1.33, com 23 amostras, desde março de 2020. E da B.1.1.17, do Reino Unido, desde fevereiro de 2021, entre outras mutações do vírus. Ainda em junho deste ano, apareceram os dois primeiros casos da cepa delta (indiana), na cidade de Apucarana, no Vale do Ivaí.

FORÇA-TAREFA 

A Secretaria da Saúde, está fazendo uma força-tarefa para identificar as novas variantes em parceria com os municípios. Dessa forma, os serviços de vigilância, por meio da rede Sentinela, fazem busca ativa de possíveis contatos dos casos confirmados dessas variantes. Além disso, outros reforços nesse sistema são o pedido de quarentena espontânea para viajantes de outros países. E também, a aplicação de testes rápidos para detectar a circulação entre os assintomáticos.

Conforme Beto Preto, secretário de Estado da Saúde, esse trabalho é complexo. “Estamos monitorando os contatos dos casos confirmados. E, realizando também o rastreamento em conjunto com as 22 Regionais de Saúde e seus municípios. O trabalho é complexo, mas nossos esforços estão voltados para que possamos identificar e alertar a população quanto aos riscos de contaminação”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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