22/08/2023
Cotidiano Paraná Saúde

Paraná reassume a liderança em doações de órgãos em 2022

No primeiro semestre de 2022 foram 39,7 doações efetivas na média por milhão de população, 10% a mais que no fim do ano passado (35,8)

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Paraná reassume a liderança em doações de órgãos em 2022 (Foto: Reprodução/Governo Estadual)

O Paraná ultrapassou Santa Catarina e retomou a liderança em doações de órgãos. Foram 39,7 doações efetivas na média por milhão de população (pmp). Isso mostra um incremento superior a 10% em relação ao índice alcançado no fim do ano passado, de 35,8.

Conforme os dados do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), Santa Catarina alcançou 37,9 pmp, seguida pelo Ceará com 24,9. Assim, a média nacional é de 15,4 pmp. Em números absolutos, o Paraná ocupou a segunda colocação, com 230 doações efetivas nesses seis primeiros meses. Dessa forma, ficou atrás de São Paulo (453 doações), que possui quase quatro vezes mais habitantes.

Além do primeiro lugar em doações, o Paraná permaneceu na liderança nacional por milhão de população em transplantes de rim entre os 20 estados habilitados, com 36,6 pmp e um total de 212 transplantes. Foi, ainda, o vice-líder em cirurgias de fígado, com 151 transplantes e 26 pmp.

O Estado também apareceu entre as seis unidades da Federação que fizeram transplantes de pâncreas (0,7 pmp), pulmão (0,2 pmp), medula óssea (29,1 pmp) e córnea (70,2 pmp). O relatório revelou também que o Paraná ficou em sétimo lugar em procedimentos do coração. Foram sete transplantes ao longo do semestre.

AÇÕES

Conforme o Estado, isso ocorre em razão de ações implementadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) voltadas para a logística e o condicionamento de órgãos para transplantes. Bem como do trabalho de sensibilização para o tema.

De acordo com os dados, o Sistema de Transplantes do Paraná possui grande estrutura de profissionais capacitados, transporte eficiente e ágil. No caso de doadores que estejam a mais de 200 quilômetros de distância do receptor, há apoio aéreo para agilizar o procedimento.  Em 2021 houve 65 missões de voo para o transporte de 194 órgãos.

BAIXA RECUSA

Ainda segundo o RBT, o Paraná manteve o bom desempenho dos anos anteriores e permaneceu com a menor taxa de recusa familiar para doação do Brasil, com apenas 27%. O maior motivo da não concretização da doação de órgãos no Estado, conforme o documento, é a contraindicação médica (32%).

Outro ponto destacado é que enquanto a fila de espera por um órgão era de 51.674 pessoas no Brasil (até junho), no Paraná ficou em 2.475. Na pediatria o resultado é semelhante: 1.009 pacientes (nacional) ante 51 no Paraná.

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Antunes

Jornalista

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