(*) Por Jasmine Horst com foto de Marcos Guerra
Algum tempo atrás, fiquei pensando sobre os vários lugares que Guarapuava possui destinados ao lazer, que, muitas vezes, não custam nada, mas que mesmo assim quase não são visitados. O Parque Municipal das Araucárias é um destes lugares, pouco lembrado pela população, é um espaço em que famílias podem passar uma agradável tarde de domingo em sintonia com a natureza. Além das trilhas existentes no parque, há também o museu de ciências naturais, que mais do que entretenimento, proporciona conhecimento a seus visitantes.
O fato preocupante, neste caso, é que apesar de toda aprendizagem e distração que o local é capaz de proporcionar, é raro vê-lo com bastante movimento, mesmo em finais de semana e feriados, pouquíssimas são as famílias que elegem este como o passeio da vez. Talvez por preferirem programas mais "urbanos", ou por terem perdido a cultura de fazer tarefas relacionadas à natureza, a questão é que um espaço como este deveria ser melhor aproveitado pela população.
São 41 hectares de matas de araucária preservadas, as trilhas existentes nos auxiliam a contemplá-las melhor, e há, ainda, a possibilidade de encontrarmos os moradores ilustres do parque durante as caminhadas. Sim, é comum nos depararmos com animais silvestres, habitantes da área de preservação, alguns já estão tão acostumados com os visitantes que exibem-se sem o menor pudor diante destes.
No museu, entretenimento e curiosidades se confundem. São inúmeras espécies de animais de pequeno e grande porte conservados e preservados à muitos anos, sem falar nos diversos tipos de rochas e minerais em geral. Uma verdadeira aula de ciências, de maneira descontraída e eficaz.
Talvez uma divulgação eficiente, aliada à consciência ecológica, que está em alta no momento, façam com que este recanto natural recupere seu valor como ponto turístico, deixando de ser visitado apenas por grupos escolares, e voltando a ser palco de cenas nostálgicas, como um passeio em família no final de semana.
(*) Jasmine Horst é acadêmica do 2o. ano de jornalismo da Unicentro. Texto publicado no Gorpa Cult, parceiro da RSN.