Parque inclusivo leva o nome de Lorenzo Esteche Korocoski

O Parque Inclusivo na Praça Cândido Xavier, ou Praça do Paço, agora tem denominação. Pela unanimidade dos votos, vereadores aprovaram na sessão desta terça (17), Projeto de Lei proposto pela vereadora Professora Bia. A Câmara homenageia o menino Lorenzo Esteche Korocoski, que morreu na noite de 25 de dezembro de 2020, aos 18 anos de idade. Lorenzo teve paralisia cerebral decorrente de complicações durante e pós-parto.

Apesar da gravíssima limitação motora, a inteligência dele chamava a atenção, principalmente, de professores. Lorenzo tinha total inclusão. Estudou no ensino regular, foi a shows de rock e de reggae, gêneros musicais preferidos dele. Andava de moto, adaptada pelo pai Victor Korocoski. Torcedor fanático do Clube Atlético Paranaense e da Seleção Argentina, era também fã incondicional do Messi. Mas era privado de brincar em parques infantis por falta de brinquedos adaptados. Hoje, Guarapuava possui quatro parques inclusivos, sendo três na cidade e outro no Distrito de Entre Rios.

Além da vida plena que teve, desconhecendo qualquer limitação e se impondo ao preconceito, Lorenzo abriu caminhos para outras crianças e adolescentes portadores de deficiências físicas e intelectuais. Nas escolas onde estudou, os benefícios que obtinha eram compartilhados com outros. E isso começava já na matrícula escolar. “No Colégio Tupy Pinheiro existem duas situações: antes e depois do Lorenzo”, costumava dizer a equipe de merendeiras e de serviços gerais da escola.

Conforme disse a professora Ruth Lipmann, Lorenzo foi um aluno que veio para ensinar os professores”. Já ele, queria mesmo é transpor barreiras. Numa redação feita como auxílio da professora de português, havia dois personagens: um menino e um dragão. Questionado sobre qual dos dois ele gostaria de ser, respondeu que seria o dragão. Por que? “Porque poderia voar”.

LEGADO

Filho da advogada Luana Esteche e do bacharel em Direito Victor Sebastian Korocoski, Lorenzo tem dois irmãos: Sophia e Leon. Era também neto da jornalista Cristina Esteche e de Orlando Silva. De acordo com médicos que cuidavam dele, tanto no Hospital Sara Kubitschek, em Brasília, quanto em Curitiba e Guarapuava, Lorenzo superou barreiras pelo excesso de amor que tinha ao redor dele.

“Ele nos deixou um legado de amor incondicional, de superação e, principalmente, de que as limitações estão dentro da nossa cabeça. Lorenzo nos ensinou diariamente a dar valor à vida”. Conforme disse a Professora Bia, que geriu o Tupy Pinheiro por vários anos, Lorenzo é um “menino de luz”.

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