22/08/2023
Região Turismo

Parque Vila Velha, em Ponta Grossa, conquista selo Aterro Zero

O parque Vila Velha se tornou a primeira Unidade de Conservação brasileira a conquistar o selo Aterro Zero

Vila Velha - Foto: Jonathan Campos/AEN

Parque Vila Velha fica em Ponta Grossa (Foto: Jonathan Campos/AEN)

A primeira Unidade de Conservação brasileira a conquistar o selo Aterro Zero é o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa. O reconhecimento é porque o espaço não destina mais nenhum tipo de resíduo para aterro sanitário. O selo foi entregue nesta quarta (19) pela Kapersul Waste Management (KWM), empresa especializada no desenvolvimento de soluções completas e integradas de gestão de resíduos.

Vila Velha é o primeiro parque concedido pelo Governo do Paraná à gestão da iniciativa privada. A gestão é da Soul Vila Velha. Na ação de outorga do selo, o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, destacou que o parque entra para história e que atende o conceito de sustentabilidade do governo estadual. Dessa maneira, desde dezembro do ano passado, os resíduos gerados na Unidade de Conservação são recolhidos, reciclados ou coprocessados.

Um case de sucesso, mostrando que é possível melhorar a vida das pessoas e do planeta. Assim, também tornando possível crescer, desenvolver, gerar emprego e renda com o turismo de natureza, mas ao mesmo tempo cuidar e recuperar o meio ambiente. O mundo inteiro discute como diminuir as emissões de carbono na atmosfera. Então, o Parque vem dando sua contribuição e se torna modelo para o Paraná e para o país, com resultados positivos ao meio ambiente.

Desde o início da parceria entre a concessionária que administra o Parque Estadual e a empresa KWM, cerca de duas toneladas ao mês de resíduos tiveram outro destino. Além disso, o governo instalou seis grandes contentores de lixo no parque: um na entrada de Furnas, outro na entrada da Lagoa Dourada e quatro no Centro de Visitantes, onde a produção de lixo é maior.

O reaproveitamento dos plásticos recolhidos retornou ao parque em forma de sacos de lixo e lixeiras ecológicas feitas com os materiais reciclados. Assim, papel e papelão recolhidos passaram por transformações e se tornaram papel toalha e outros tipos. Já os rejeitos se tornam combustível alternativo na produção de cimento. Desse modo, os resíduos orgânicos viraram adubos pelo processo de compostagem.

Criado em 1953, o Parque Estadual Vila Velha preserva as formações areníticas, representativas dos campos nativos do Paraná. Tombada em 1966, pelo Patrimônio Histórico e Artístico Estadual, a Unidade de Conservação possui diversos atrativos. Entre eles, os arenitos formados durante os últimos 600 milhões de anos com a ação dos ventos e das chuvas. Por fim, alguns lembram figuras como índio, noiva, garrafa, bota e a famosa taça, cartão postal e símbolo do Parque.

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Sabrina Ferrari

Jornalista

Graduada em Jornalismo pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) em 2018. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Letras da Unicentro. Possui experiência na área de reportagem, com ênfase em textos mais voltados para cultura, moda, turismo e comportamento.

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