Uma denúncia feita pelas pastorais Carcerária e do Menor envolve a Penitenciária Industrial de Cascavel (PIC). De acordo com as entidades os presos estão sendo mantidos em condições precárias, expostos a chuva e frio, com alimentação e higiene insuficientes e falta de atendimento médico. As famílias relataram às Pastorais que está havendo a violação dos direitos dos presos e familiares e a prática de tortura. Segundo o documento enviado à Assembleia Legislativa do Paraná, os presos estão sendo mantidos em condições precárias, expostos a chuva e frio, com alimentação e higiene insuficientes e falta de atendimento médico. As famílias relataram às Pastorais que têm dificuldades de acesso às informações sobre os detentos, assim como os advogados estariam sendo impedidos de entrar na penitenciária.
Esses possíveis fatos foram relatados formalmente à Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Tadeu Veneri (PT). Para averiguar a denúncia a Comissão estará em Cascavel nesta segunda feira (11), às 8 horas da manhã. Seguem também os demais membros da comissão, os deputados Evandro Araújo (PSC), Marcio Pacheco (Pátria Livre) e José Lemos (PT). Os deputados atendem a um pedido das Pastorais, da Arquidiocese de Cascavel, que denunciaram à Comissão a prática de tortura e violação de direitos de presos e familiares.
Além dos deputados, integrarão a comitiva os representantes das Pastorais, e o presidente da Comissão de Direitos Humanos da seção da OAB de Cascavel, Marcelo Navarro de Moraes.
O presídio teve 70% da estrutura destruída durante uma rebelião em 2014. Desde então, por decisão do governo do Estado, os cerca de 800 presos permanecem na unidade. “Nós vamos verificar a situação e produzir um relatório com as nossas constatações que irão orientar as providências que adotaremos”, disse Veneri.