22/08/2023
Educação

Patrulha escolar e pedagogos orientam sobre a “pulseira do amor”

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Guarapuava – A Patrulha Escola e departamentos de pedagogia de esclas e colégios de Guarapava estão promovendo medidas preventivas contra o uso das pulseirinhas de silicone coloridas que estão sendo chamadas de a "pulseira do sexo". O "jogo de sedução" já fez uma vítima de estupro em Londrina e duas meninas foram assassinadas em Manaus.

 “Quando vemos alguém usando as pulseiras abordamos e conversamos. A maioria não sabe do significado e não há uma lei que proíba o uso”, diz o sargento Luiz Carlos de Lima, da Patrulha Escolar. “Já temos mais de 200 pulseiras apreendidas e enfeitando o câmbio da viatura”, afirma.
A pedagoga Laiz Huff Costa, da Escola Liane Marta da Costa, diz que o diálogo com alunos e com pais sobre esse assunto passou a ser diário dentro da escola. “Temos esclarecido e orientado os alunos”.
Conhecidas como as “pulseiras do sexo”, as tirinhas de silicone que tanto atraem meninos e meninas são, na verdade, códigos ditados pelas cores, e que já fazem vítimas fatais. A senha colorida determina “penas” que vão desde um simples abraço até práticas sexuais variadas.
Uma pesquisa feita pela REDE SUL DE NOTICIAS/TRIBUNA junto a jovens da cidade mostra que a maioria usa o acessório por achar bonito e não para induzir ao jogo, mas o uso do acessório foi deixado de lado após a visibilidade dada pela imprensa nacional sobre casos de violência sexual e até de morte, provocadas pelo uso das pulseiras.
“Sempre usei mais de uma e de várias cores, mas usava porque achava bonito e porque estava na moda”, afirma a estudante Karine Karas Ribeiro, 14 anos. “Nunca imaginei que uma simples pulseira fosse resultar até em morte”, diz Letícia Dias Regiani, 15 anos. “Se você sair perguntando por aí, a maioria vai dizer que comprava e usava porque achava bonito”, diz Lucas Henrique Santos, 16 anos.
“Tenho várias aqui na minha pasta, mas arrebentei todas. Não uso mais”, intervém Walasse Gonçalves, 16 anos.
“Isso é coisa para quem não tem o que fazer”, diz Juca Sebastião da Silva.

Cristina Esteche

Jornalista

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