*Reportagem com vídeos
Um projeto experimental se materializa em estrada no Interior de Guarapuava. Trata-se de um aditivo líquido, o biocatalizador enzimático, ecológico e até 60% mais barato que o asfalto tradicional. De acordo com o secretário municipal e vice-prefeito, Samuel Ribas Abreu, o projeto vai transformar as estradas rurais do município.
“Estamos lançando esse método inovador que vai resultar em qualidade de trafegabilidade. Além de gerar economia para o munícipio. Conforme o secretário, quatro mil quilômetros de estradas compõem a malha viária rural de Guarapuava.
No entanto, um trajeto de 400 metros da Estrada Gaspareto, foi o escolhido para testar o produto. Assim, nessa quarta (27), técnicos da Secretaria de Obras e do Serviço de Urbanização de Guarapuava (Surg) executaram a obra. O resultado, segundo Samuel, surpreende.
“Esse produto possui um índice de resistência no solo superior ao de pedras. A pedra entrega um índice de resistência de 80 e este produto apresentou resultado de 120″. Além de eliminar 40 centímetros de pedra britada e de rachão. ” É um produto ecológico porque não utiliza pedra, que está cada vez mais difícil e cara”.
Conforme o secretário de Obras, o processo de aplicação é simples. Tem que escarificar a terra, aplicar o produto com caminhão pipa, gradear para tornar homogêneo. Em seguida, bate o rolo e acerta com a patrola. “Como temos quatro opções de uso do produto, testamos todas”.
Segundo Samuel, a cada 100 metros do trecho experimental, aplicou-se uma das alternativas. “A base está aprovada. Agora vamos observar como se comporta cada camada a partir do tráfego de carros e caminhões. O tempo chuvoso e seco também devem influenciar. Assim o melhor será aplicado nas estradas municipais”.
POUCO VALORIZADO NO BRASIL
Embora possua vários benefícios e baixo custo, o biocatalizador enzimático, é pouco utilizado no Brasil. Foi usado pela primeira vez na guerra do Vietnã. Eram feitas pistas de pouso em áreas sem pavimentação apenas estabilizando o solo. Entretanto, esse método é muito comum nos EUA, Inglaterra, China, Rússia e Austrália entre outros países.
De acordo com Samuel, há 10 anos o Banco Mundial testou o produto no Paraguai. A ideia do Banco Mundial era ter o projeto como base para um estudo que levasse pavimentação barata a países de terceiro mundo. “A operação ainda não foi concluída, mas o produto obteve aprovação de eficiência”.
No entanto, no Paraná, já existem adesões em Terra Boa, Pato Bragado, Santa Terezinha de Itaipu, Itaipulândia, Santa Helena e Curitiba.
OS VALORES SÃO DIFERENCIAIS
Conforme Samuel Ribas, há quatro opções de uso:
1 Trata o solo e deixa sem capa nenhuma. Custa R$ 20 por m²;
2) Trata o solo e aplica Tratamento Superficial Simples. Ou seja: uma camada de emulsão + uma camada de pedrisco + rolo compactador. Investimento de R$ 30 por m²;
3) Trata o solo e aplica Tratamento Superficial Duplo. O valor é de R$ 45 por m²;
4) Trata o solo e aplica CBUQ, e custa R$ 65 por m².
Por fim, o asfalto usado atualmente sem galerias e obras complementares custa R$ 150 o m².
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