A Polícia Civil do Paraná (PCPR) divulgou orientações para clientes e profissionais da advocacia sobre como identificar e se proteger do golpe do falso advogado. Em Guarapuava, são mais de 10 vítimas e somente uma delas perdeu R$ 42 mil. Neste esquema, que tem se tornado comum em todo o Brasil, criminosos se passam por advogados ou funcionários de escritórios para solicitar pagamentos indevidos. Para isso, os bandidos utilizam dados reais e técnicas de persuasão sofisticadas.
A PCPR orienta que o primeiro sinal de alerta para clientes de escritórios de advocacia é a solicitação de valores para liberar indenizações ou resolver pendências processuais. De acordo com o delegado Tiago Dantas, a Justiça não faz cobranças para ‘liberar valores’. “Nesses casos, a vítima pode entrar de imediato em contato com o seu advogado. Ligue ou vá até o escritório para verificar a procedência das informações que foram passadas por aplicativo de mensagens”.
Outro indício que deve ser levado em conta são as mensagens com tom de urgência e imediatismo. Os criminosos usam esta técnica para que a vítima se sinta pressionada e não verifique por completo todas as informações. Assim sendo, a PCPR recomenda consultar os dados do advogado no site da OAB-PR, antes de fornecer quaisquer tipos de dados pessoais.
Segundo Dantas, em caso de suspeita de fraude, o cliente deve denunciar o número no aplicativo de mensagem e bloquear o contato. Isso ajuda a impedir que o criminoso siga fazendo outras vítimas.
PROFISSIONAIS
Para os profissionais da advocacia, o monitoramento constante da internet e das redes sociais é fundamental para evitar que os golpistas usem as identidades. A orientação direcionada aos clientes sobre solicitações de pagamentos e depósitos também é um ponto importante para que eles estejam atentos em casos de tentativas de golpe.
A Polícia Civil recomenda que advogados e escritórios utilizem e-mails institucionais e telefones fixos para dificultar a ação de golpistas. As assinaturas digitais e autenticação em duas etapas também são fatores que ajudam a aumentar a segurança no ambiente online.
JÁ FUI VÍTIMA
Para clientes e profissionais, a primeira orientação é o registro do Boletim de Ocorrência na delegacia mais próxima ou pelo site da PCPR. “Caso o cliente seja vítima do golpe, também é preciso comunicar ao advogado imediatamente para que ele fique ciente do ocorrido”.
O delegado ainda orienta que, para auxiliar na investigação, é essencial apresentar documentos que comprovem a prática do crime, como prints de mensagens trocadas com o golpista e da tela contendo os dados do número telefônico do criminoso. Além disso, cópias de documentos de processos judiciais (fictícios ou não) que o golpista tenha enviado e comprovantes de pagamento.
O estelionato é um crime condicionado à representação da vítima. Isso significa que a própria pessoa que sofreu o golpe deve comunicar a ocorrência à autoridade policial e manifestar interesse na investigação e apuração do crime após o registro do Boletim de Ocorrência.
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