A estrada de ferro que liga Cascavel a Guarapuava e transporta a produção de agropecuária do Oeste paranaense para o Porto de Paranaguá terminou o primeiro semestre deste ano com lucro operacional de R$ 2,3 milhões. Além disso, a Ferroeste teve faturamento de R$ 13,9 milhões. Este resultado consolida o bom desempenho que a empresa está conquistando desde 2019. Em todos os anos de funcionamento, é a primeira vez que a estatal fechou com lucro. A Ferroeste foi criada em 1996.
O volume movimentado nos primeiros meses de 2020 foi 23% maior que no mesmo período do ano passado, quando foram transportadas 609,3 mil toneladas de produtos. Entre janeiro e junho deste ano, cerca de 792 mil toneladas de cargas passaram pelos trilhos da ferrovia.
No primeiro semestre, o volume de cargas também foi maior que o total transportado em anos anteriores. Em 2015, a Ferroeste movimentou 735,5 mil toneladas. Já em 2017, foram 717,6 mil toneladas e em 2018, 780,6 mil toneladas.
De acordo com o governador Ratinho Junior, o resultado positivo é fruto de um trabalho de planejamento e organização da empresa. “A Ferroeste é um importante ativo do estado e vem se consolidando como um modal estratégico para o escoamento da nossa forte produção agropecuária. Temos planos para ampliar a participação da ferrovia no desenho logístico do Paraná”.
REESTRUTURADA
André Gonçalves, o presidente da Ferroeste, explica que a empresa iniciou ainda no ano passado um processo de reestruturação para organizar a casa. Assim, reduzindo os gargalos e resolvendo os entraves jurídicos. “A orientação que recebemos do governador foi de dar um novo impulso à Ferroeste, com um olhar para o futuro com o objetivo de ampliar a ferrovia e a participação do modal na logística do Estado”.
Assim, conforme a Agência Estadual de Notícias, a Ferroeste fechou no início do ano um acordo com a Rumo Logística para ampliar a capacidade de escoamento da safra da Região Oeste pelo ramal ferroviário. As duas empresas passaram a dividir os trilhos. Desse modo, a Rumo passou a entrar com os vagões na malha da Ferroeste, dobrando a capacidade de operação.
RECORDES
A estratégia trouxe resultados, com recordes seguidos no desempenho. Maio foi o mês de maior movimentação da história da empresa, com o transporte de 172,2 mil toneladas em 30 dias, superando o mês anterior, que também teve movimento recorde.
Na prática, a estratégia diminui o transbordo e as trocas de carga, o que possibilitou os ganhos logísticos, com o transporte de mais produtos e um espaço menor de tempo.
Segundo Gonçalves, a tendência normal do segundo semestre, quando o período forte de safra já passou, é de diminuição na movimentação de cargas pela ferrovia.
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