22/08/2023
Brasil Cotidiano Economia

Pela primeira vez no ano, inflação fica abaixo de zero

Em comparação com maio houve deflação, ou seja, os preços baixaram. Esse também é o menor resultado do IPCA para um mês de junho desde 2017

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O grupo de alimentação e bebidas (-0,66%) ajudou a colocar a inflação no campo negativo (Foto: Reprodução/Freepik)

O mês de junho fechou com deflação, ou seja, houve um recuo nos preços na comparação com maio. A inflação oficial – calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – ficou em -0,08%. É a primeira vez no ano que a inflação fica abaixo de zero.

Na comparação com maio, os grupos que mais ajudaram a colocar a inflação no campo negativo foram alimentação e bebidas (-0,66%) e transportes (-0,41%). Eles contribuíram com -0,14 e -0,08 ponto percentual (pp) no índice geral, respectivamente.

A última vez em que a inflação apresentou queda foi em setembro do ano passado. Esse é também o menor resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para um mês de junho desde 2017 – quando o índice foi de -0,23%.

O resultado, divulgado nesta terça (11) pelo IBGE, representa o quarto mês seguido em que a inflação perde força. Em maio, o IPCA foi de 0,23%. No ano, o índice soma 2,87% e, nos últimos 12 meses, 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

INFLUÊNCIA

Conforme o IBGE, alimentação e bebidas e transportes integram o grupo com maior influência dentro da cesta de consumo das famílias. Juntos, eles representam cerca de 42% do IPCA. O grupo alimentação e bebidas foi influenciado, principalmente, pelo recuo nos preços da alimentação em casa (-1,07%).

Dessa forma, contribuíram para isso as quedas do óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%). Entretanto, o custo da alimentação fora de casa subiu, porém, com menos força (0,46%) em relação ao mês anterior (0,58%).

Em transportes, o recuo de preços teve motivação na queda dos preços dos automóveis novos (-2,76%) e dos usados (-0,93%). Isso porque, esse comportamento tem relação com a medida do governo federal para baixar o preço dos carros novos.

Por fim, no comportamento dos preços durante maio, há destaque também para o resultado de combustíveis (-1,85%). Houve queda do óleo diesel (-6,68%), do etanol (-5,11%), do gás veicular (-2,77%) e da gasolina (-1,14%). “A gasolina é o subitem de maior peso individual no IPCA, com 4,84%. A queda na gasolina teve um impacto de -0,06 p.p.”.

(*Com informações da Agência Brasil)

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Antunes

Jornalista

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