Peões arriscam a vida nas arenas de rodeios

Guarapuava – Vida de peão de boiadeiro exige muito sacrifício, esforço e renúncia. João Batista Rodrigues (foto), 35 anos, mora em Brasilândia do Sul e está em Guarapuava para disputar o rodeio da Expogua, do qual já foi campeão em 2006.
Currículo com diversas premiações, o peão profissional sabe que nem tudo neste mundo é fácil. É preciso arriscar a vida em cima de animais bravios e suportar a saudade da família. “A rotina é sacrificada, sempre viajando para cidades diferentes e ficando longe da família. Já faz duas semanas que estou fora de casa, só matando a saudado por telefone. Mas quando não estou montando vou para casa descansar”, conta.
Peão desde os 16 anos de idade, Rodrigues ainda tem fôlego para entrar na arena. “Sempre amei a vida de peão e não pretendo para tão cedo. Mas como já tenho 35 anos preciso fazer de tudo para estar em forma, por isso costumo me dedicar às atividades físicas, erguendo peso e correndo bastante”, observa.
Além do amor pelos animais, João Batista não foge à regra ao ser devoto incondicional a Nossa Senhora Aparecida. É que no mundo do rodeio a proteção divina é fundamental. “Já perdi amigos que morreram pisoteados pelos animais. Eu rezo sempre pedindo proteção”, revela.
Os profissionais do rodeio são homens de fé e coragem que colocam este ofício perigoso nas mãos de Jesus Cristo e Nossa Senhora Aparecida. A Padroeira dos peões tem sua imagem sempre presente nas arenas dos rodeios. Para estes competidores, pedir proteção é receber forças para enfrentar os mais bravos animais.
Muitos peões, antes de entrar na arena, fazem uma oração pedindo a intercessão de Nossa Senhora. É um momento sublime na vida destes homens que arriscam a vida em cima de um animal. A vontade de vencer aliada à fé dá forças na profissão.