O Paraná está enfrentando uma das maiores crises hídricas dos últimos 30 anos, o que faz com que a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo pense em ações e projetos que auxiliem os produtores rurais do Estado. Assim, a secretaria junto ao Instituto Água e Terra, decidiu perfurar poços artesianos por todo o Paraná, o que está ajudando a mudar o roteiro para os agricultores.
Além disso, entre janeiro de 2019 e junho de 2020, o Governo do Estado levou água potável a 184 comunidades rurais em 82 municípios. O programa Água no Campo foi intensificado e pretende beneficiar 10 mil famílias que representam cerca de 40 mil pessoas. A iniciativa é uma parceria entre o governo estadual, municípios e comunidades.
OS POÇOS
O Instituto Água e Terra perfura os poços e os municípios são responsáveis pela operacionalização e a solicitação de uso do manancial. Com isso, as pessoas que diariamente percorrem longas distâncias em busca da água para manter atividades básicas de subsistência passam a contar com água limpa e de boa qualidade. Além de melhorar a qualidade de vida, a chegada do programa nas comunidades representa a perspectiva de mais investimentos e o fim de um período de dificuldades.
O secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, acompanha de perto as perfurações e comemora a abrangência do Água no Campo. De acordo com ele, o programa é muito importante para as vilas rurais e propriedades mais distantes. “Contribuímos com uma parcela importantíssima no abastecimento, facilitando a captação e a distribuição de água”.
Segundo Everton Luiz da Costa Souza, presidente do Instituto Água e Terra, o programa beneficia localidades que não têm acesso à rede pública de abastecimento e é uma alternativa para suprir a demanda, sem sofrer intercorrência das estiagens.
É uma obra de engenharia de custo relevante uma vez que o Estado assume a execução e municípios com a comunidade a distribuição. Temos as vantagens da qualidade da água subterrânea, redução dos custos de abastecimento e melhoria da qualidade de vida dessa parcela da população.
Conforme José Luiz Scroccaro, diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do instituto, a escassez da água tem se tornado recorrente com as mudanças climáticas. “Por ser encontrada em estágio mais profundo das camadas do solo, a água dos poços artesianos é menos suscetível às oscilações do clima. Longe da poluição, chega à superfície naturalmente limpa e não precisa de tratamento tradicional, necessitando apenas de uma cloração para manter a qualidade da água nas residências”.
PERFURAÇÕES
No ano passado, o Instituto Água e Terra possibilitou a instalação de 128 poços. A meta para 2020 é de mais 120 perfurações em diferentes Regiões.
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