Acumulando prejuízos há cerca de dois anos, a Pérola do Oeste acena com possível paralisação do transporte coletivo em Guarapuava. O anúncio desta sexta (9) ocorreu após a paralisação do setor em Londrina a partir de hoje. Maringá e Ponta Grossa já estão sem o serviço.
No entanto, o ‘pivô’ de um eminente colapso dessa prestação de serviço, deve atingir todos municípios que estão sem receber subsídio financeiro das prefeituras. Contudo, o prefeito Celso Góes (CDN) disse ao Portal RSN no início da tarde desta sexta, que diariamente está se reunindo com a diretoria da Pérola do Oeste em busca de uma solução.
Góes entende que o transporte coletivo é um serviço essencial e que sem ele “para tudo”. Todavia, a empresa possui pendências judiciais para as quais o prefeito aguarda pareceres, incluindo o Tribunal de Contas do Paraná. Conforme o TCE, o órgão analisou as contas do sistema de transporte municipal e recomendou que a Prefeitura crie um plano de subsídio.
Esse planejamento deve prever o auxílio até o fim da pandemia. Assim sendo, o TCE deu o prazo de três meses para resolver a questão. “Hoje ainda (9) teremos outra reunião com a diretoria da empresa”, disse o prefeito. Trata-se de audiências de conciliação junto ao Tribunal de Justiça para se chegar a um acordo.
ALERTA VEM OCORRENDO HÁ MAIS DE UM ANO
De acordo com a empresa, o alerta da situação de precariedade foi dado à Prefeitura há mais de um ano. “Sem nenhum auxílio financeiro por parte do poder público, os prejuízos são cada vez maiores”. Conforme a empresa, antes mesmo da pandemia já havia um desequilíbrio econômico relevante, causado, dentre outros fatores, pela defasagem da tarifa. “Estamos há mais de dois anos sem correção. Nesse cenário, a manutenção da prestação do serviço corre sérios riscos”.
Conforme o diretor geral, Ruy Camargo, os prejuízos acumulados levaram a um “esgotamento absoluto” de caixa. Dessa forma, o desafio é o de manter a sobrevivência neste cenário crítico para o setor em todo o país.
“Nós tivemos muito apoio dos nossos colaboradores, tanto nas parcerias administrativas quanto na disposição para o trabalho nas ruas. Precisamos também continuar honrando com os salários. E manter os empregos dessa equipe composta em sua maioria por pais de família que dependem dessa renda”.
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