22/08/2023
Blog da Cris Paraná

Pessuti diz que Álvaro Dias vai ser o nome do MDB para o senado

O ex-governador Orlando Pessuti, em conversa com este blog, afirmou com clareza: “se o Álvaro for o nome, abro mão da disputa”

Paulo de Tarso, professor Euler, Ademir Bier, Orlando Pessuti, Álvaro Dias, Baleia Rossi e Renato Adur (Foto: divulgação/MDB)

A política paranaense começa a sentir os primeiros ventos da pré-eleição de 2026. E, curiosamente, eles sopram de volta para onde tudo começou. O ex-senador Álvaro Dias, um dos nomes mais longevos da vida pública no Paraná, assinou a ficha de filiação ao MDB. Partido esse que o lançou ao governo do estado em 1986. O ato simbólico, porém, será formalizado somente no próximo dia 15 de dezembro, com a presença do presidente nacional, Baleia Rossi.

A volta de Álvaro ao ‘velho ninho’ não é apenas nostálgica. É estratégica. Ele costura um possível retorno ao Senado, e, embora ainda não esteja confirmada essa candidatura, há um movimento interno no MDB que caminha nesse sentido. O ex-governador Orlando Pessuti, em conversa com este blog, afirmou com clareza: “Se o Álvaro for o nome, abro mão da disputa”. Trata-se de um gesto de deferência política e também de pragmatismo. Ou seja, um reconhecimento de que Dias, mesmo após décadas de vida pública, ainda detém capital político, recall eleitoral e articulação nacional.

No entanto, o caminho não está completamente livre. O MDB estadual se encontra em fase de reconstrução de identidade e musculatura, após anos de esvaziamento de protagonismo. A chegada de Álvaro pode representar o início de uma nova etapa, mas também pede pactos internos e rearranjos de vaidades e ambições.

PESSUTI E ADUR

Entre os nomes que circulam nesse xadrez está Renato Adur, que demonstra interesse claro na sucessão de Ratinho Junior. Seja, como cabeça de chapa ou como vice em uma coligação que una centro-direita e setores conservadores. Adur é visto como um nome agregador nos bastidores, alguém que transita bem entre empresários, lideranças partidárias.

O que estamos assistindo, portanto, não é apenas o retorno de um nome histórico à sigla de origem. Mas uma tentativa coletiva de recomposição do centro político no Paraná. Álvaro Dias volta ao MDB não como um salvador da pátria, mas como alguém que ainda carrega peso institucional e eleitoral em um ambiente marcado pela fragmentação.

A movimentação também mostra que, no Paraná, o jogo de 2026 já começou, mas ainda sem definições claras de chapas ou alianças. O MDB busca reencontrar protagonismo, e figuras como Pessuti e Adur tentam se posicionar estrategicamente, seja cedendo espaço, seja costurando caminhos viáveis.

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Cristina Esteche

Jornalista

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