22/08/2023
Educação

Pessuti inaugura alojamentos no Colégio Agrícola de Guarapuava

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O governador Orlandor Pessuti inaugurou, nesta sexta-feira (28), em Guarapuava, a ampliação do Colégio Estadual de Educação Professor Arlindo Ribeiro. O Governo investiu R$ 2,4 milhões na construção de três alojamentos para o colégio agrícola, que terá capacidade para abrigar 206 alunos. Foram construídos 2,5 mil metros quadrados, em três novos prédios de alojamentos – dois masculinos e um feminino. São 32 quartos com banheiros, sala de estudo e lavanderia que serão utilizados por estudantes de diversos municípios e Estados que residem na unidade.

 
Os investimentos também possibilitaram a abertura de 35 vagas para meninas que, pela primeira vez, poderão cursar o colégio agrícola. “Neste espaço estamos proporcionando formação técnica e oportunidade para as famílias destes alunos e para o Paraná. O ensino agropecuário profissionalizante tem sido altamente valorizado no nosso Governo”, declarou Pessuti. Ele lembrou que, em 2003, o Paraná contava com apenas 13 colégios agrícolas, sem investimentos e a ponto de serem fechados. “Hoje, temos 20 colégios e vamos construir mais um em Manoel Ribas”, afirmou Pessuti.
 
O colégio agrícola amplia as oportunidades de trabalho na agricultura, importante área para a economia do Paraná. “Nós determinamos a contratação de 264 técnicos do ensino agropecuário, porque acreditamos que eles ajudarão os produtores rurais em campo no desenvolvimento agropecuário do Estado”, anunciou Pessuti. O Colégio Agrícola Arlindo Ribeiro foi inaugurado em 1953 e desde então recebe alunos de diversos estados e do Paraguai.

Formação
 
O secretário da Agricultura e Abastecimento, Ericson Chandoha, disse que a formação de técnicos agrícolas é um trabalho essencial para o Paraná. “O processo seletivo dá preferência àqueles alunos que vivem no meio rural em pequenas propriedades e que poderão levar conhecimento para os pais e trazer conhecimento do dia a dia da propriedade para a escola, o que é fundamental para movimentar a dinâmica da agricultura e da pecuária no Paraná.”

O Colégio Agrícola Arlindo Ribeiro oferece curso de formação técnica em Agropecuária para mais de 300 alunos, nas modalidades integrada (durante o ensino médio) e subsequente (quando o estudante já completou o ensino médio).

A secretária da Educação, Yvelise Arco-Verde, lembrou que a retomada dos cursos profissionais tem sido prioridade para o Governo do Estado. “Vamos deixar para o Paraná 21 colégios agrícolas”, ressaltou. A secretária relatou que, em 2003, os colégios mantinham a sua produção basicamente na monocultura e que o Governo investiu para mudar este quadro. “A escola agropecuária deve ensinar aos alunos a diversidade de culturas e não apenas a plantar soja. A escola deve ensinar o aluno o funcionamento de toda propriedade como, por exemplo, a trabalhar o cultivo de frutas, hortaliças e pecuária”.


Ela explica que os colégios agrícolas têm alto custo para manutenção, por abrigar os alunos em período integral. “Nossos alunos chegam com 14 anos e retornam para suas casas com 17 anos”, reforçou a secretária da Educação.

O secretário de Obras Públicas, Julio César de Souza Araújo Filho, disse que são destinados R$ 22 milhões para reformas e ampliações de colégios agrícolas no Paraná. “Depois que o atual governo retomou 11 instituições que funcionavam precariamente, o ensino técnico rural foi recuperado. Até julho, teremos entregado mais sete reformas e um novo colégio, mais moderno e com estrutura completa.”

 
Participaram da solenidade de inauguração o secretário da Casa Civil, Nei Caldas; o deputado estadual Artagão de Mattos Leão; o deputado estadual Nereu Moura e o deputado federal César Silvestre.

Conforto
 
O diretor do Colégio, Alacir Valença Soares, disse que a construção de novos alojamentos deverão refletir positivamente no rendimento escolar dos alunos. “Os alunos terão espaço para estudo em seus próprios quartos, com mais conforto e tranquilidade”, destaca.
 
Para o estudante Felipe Amaro Costa, de Campo Mourão, os novos alojamentos são um incentivo. “Teremos mais de liberdade no quarto, por reduzir o número de estudantes em cada alojamento. Além disso, teremos um espaço próprio para nos dedicarmos mais aos estudos.” Costa conta que o Colégio foi uma grande oportunidade para que pudesse retornar aos estudos, quando já trabalhava na área da agropecuária. “Não podia perder a chance de aliar conhecimentos teóricos e práticos que me proporcionariam avanço neste campo de trabalho.”
 
Maria Liz Bartosky disse que o aprendizado de viver em alojamentos dentro de um colégio agrícola tem sido positivo para sua vida. “Aqui nós aprendemos a ter respeito com as demais alunas que dividem o quarto, compreensão, conhecemos realidades diferentes, valorizamos ainda mais a família e cultivamos amizades”, enfatizou.
 
A família de Maria Liz é de Quedas do Iguaçu e ela divide o quarto com alunas de Pinhão, Cantagalo, Campina do Simão e Campo Mourão. “Toda vez que retorno para casa comprovo meus conhecimentos na propriedade da minha família e temos aumentado o rendimento dela."
 
Agência Estadual de Notícias

Cristina Esteche

Jornalista

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