Guarapuava – O diretório estadual do PT vai ter um "abacaxi" para descascar no encontro marcado para o dia 10 de abril para deliberar a política de alianças.
Neste dia, a direção estadual espera queo senador Osmar Dias (PDT) formalize a proposta de coligação com o PT no Paraná, mas uma moção será entregue por uma das alas petistas pedindo que o partido tenha candidatura própria. A deliberação foi tomada durante o encontro municipal do PT de Curitiba no domingo (27) e que reuniu 135 delegados eleitos no Processo de Eleições Diretas (PED), realizado em outubro de 2009. Cerca de 70% dos militantes que estavam no encontro avalizaram o documento pró-candidatura própria. No momento, existem dois nomes postulando a indicação: o ex-prefeito de Londrina Nedson Micheletti e a ex-secretária estadual de Ensino Superior Lygia Pupatto (foto).
O entendimento do grupo que propôs a rejeição à aliança com o PDT é que uma candidatura do próprio partido poderia alavancar muito mais a campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à presidência da República. Um nome do PT poderia envolver mais a militância na campanha do que o senador pedetista seria capaz, alegam.
Durante a reunião de ontem, domingo (28) a presidente municipal do PT, Roseli Isidoro, que integra a ala favorável a aliança, avisou aos participantes do encontro que a moção não terá nenhum impacto na decisão estadual. Sequer será discutida, disse Isidoro, destacando que a discussão das estratégias eleitorais no Estado é de competência exclusiva dos membros do diretório regional do partido.
A posição do partido, em Curitiba, é só mais um dos pontos de discórdia envolvendo a construção da aliança com o pedetista no Paraná. Costurada pelo presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff, a coligação com o PDT tem como um dos entraves a exigência de Osmar em aglutinar todos os partidos da base aliada do governo federal em torno da sua candidatura ao governo. A principal dificuldade está em convencer o PMDB a aceitar esse acordo.
Além da pré-candidatura do vice-governador Orlando Pessuti ao governo, o núcleo forte do PMDB, mais próximo do governador Roberto Requião, considera a pré-candidatura de Gleisi Hoffmann ao Senado uma declaração de guerra. Requião também será candidato ao Senado.
A candidatura de Gleisi também cria entraves junto ao PDT, que vê a mudança de posição da ex-presidente estadual do PT na chapa como a chave para aproximar Requião e o PMDB da coligação. Mas, até uma contra-ordem de Brasília, Gleisi é candidata
Com informações do Paraná on line