Piracema termina no Paraná e pesca de espécies nativas volta a ser permitida

A partir deste sábado (1º), pescadores voltam a ter autorização para capturar espécies nativas nos rios do Paraná. A Piracema, como é conhecido o período de restrição, começou em novembro para garantir a reprodução natural dos peixes na bacia do Rio Paraná. Com o fim do defeso, estão liberadas a pesca de bagre, dourado, jaú, pintado, lambari, mandi-amarelo, mandi-prata e piracanjuva.

Durante a Piracema, a fiscalização ambiental atuou para coibir a pesca irregular. De acordo com a Agência Estadual de Notícias (AEN), no último período de restrição, entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024, o Instituto Água e Terra (IAT) lavrou 92 Autos de Infração Ambiental (AIA). Também aplicou multas que somaram R$ 265 mil. Além disso, foram apreendidos 194,68 quilos de peixes pescados ilegalmente, bem como diversos equipamentos, como redes, molinetes e anzóis.

O Instituto reforça que, mesmo com o fim da Piracema, a pesca predatória segue proibida e continua sendo alvo de fiscalizações. De acordo com a legislação ambiental, pescadores flagrados retirando espécies nativas de forma ilegal podem receber multas que ultrapassam R$ 1.200, além de cobranças adicionais por quilo pescado irregularmente. As autoridades também podem apreender materiais utilizados, como varas, redes e embarcações.

A restrição da pesca ocorre anualmente, conforme determinação do IAT e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para garantir a preservação dos estoques pesqueiros e o equilíbrio ambiental. Nos próximos dias, o IAT deve divulgar um balanço detalhado das apreensões e autuações realizadas ao longo da última temporada da Piracema.

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