22/08/2023



Guarapuava Política

PL que normatiza venda de gás volta à pauta em Guarapuava

Autores dizem que não se trata de reserva de mercado, mas de 'estancar' atravessador e dar segurança ao consumidor

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Botijões de gás (Foto: Divulgação)

O Projeto de Lei que normatiza a venda de gás de cozinha em Guarapuava volta à pauta de votação nesta terça (25), em Guarapuava. O PL, de autoria dos vereadores Danilo Dominico e Valdomiro Batista, o Jabur do Motocross, foi retirado da Ordem do Dia, na sessão de 11 de junho.

Essa foi a segunda vez que o PL saiu da pauta de votação. Se por um lado a maioria diz que optou pelo adiamento porque vereadores não haviam entendido a matéria, de outro, a oposição à matéria reclama que a presidência apressou a votação para que o adiamento fosse aprovado, sob a possibilidade de que a matéria poderia ser rejeitada, caso fosse votada naquela sessão. Eles entendem que o PL prevê reserva de mercado no setor.

Para os autores do PL, é preciso ficar claro que a proposta não proíbe a venda de vale gás e nem os convênios de empresas para que a venda seja feita, desde que esta esteja dentro das normas de segurança previstas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O foco do PL, pela sua justificativa,  impede que estabelecimentos não credenciados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) façam comércio e distribuição, agindo como atravessadores e na clandestinidade.

Enquanto muitos entregadores tem todos os custos para estar dentro das normas, os estabelecimentos que não fazem isso tem apenas o lucro

Segundo Dominico, muitos entregadores tem uma única moto ou veículo, não recolhem impostos e competem de forma desleal com um estabelecimento legalizado.

“Entendemos que isso é concorrência desleal. Quem quiser vender o produto, basta se credenciar como os outros. Não há reserva de mercado, existem regras, como existem em outros setores. Não vemos mercados vendendo remédios, por exemplo, porque existe uma agência reguladora e regras específicas para distribuição e venda”, exemplifica.

Porém, empresários do setor chamam a atenção também para a segurança do consumidor. Segundo eles, sem a normatização das exigências legais da ANP, uma família está sujeita a perigos já que muitos dos atravessadores não possuem treinamento para instalar o botijão com segurança. Outra possibilidade é a adulteração do peso do botijão, fazendo com que o consumidor seja lesado, não apenas na qualidade, mas também no peso do produto.

Gilson Boschiero

Jornalista

Possui graduação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1996). Mestre em Geografia pela Unicentro/PR. Tem experiência de 28 anos na área de Comunicação, com ênfase em telejornalismo e edição. Foi repórter, editor e apresentador de telejornais da TV Cultura, CNT, TV Gazeta/SP, SBT/SP, BandNews, Rede Amazônica, TV Diário, TV Vanguarda e RPC. De 2015 a 2018 foi professor colaborador do Departamento de Comunicação Social da Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná. Em fevereiro de 2019, passou a ser o editor chefe do Portal RSN.

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