Cristina Esteche
A reconstrução mamária restaura a forma, aparência e o tamanho da mama e está diretamente relacionada ao tipo de cirurgia de mastectomia que foi realizada. Embora em alguns casos não seja possível fazer a mastectomia e a reconstrução na mesma cirurgia, hoje é usual que se façam simultaneamente. De acordo com a cirurgiã plástica Maria Elize Rocha Sanches, muitos fatores interferem nessa decisão, como a dimensão do câncer, tipo de tumor, se será necessário quimioterapia ou radioterapia e as condições clínicas da paciente.
Passada essa fase do tratamento, chega a vez da reconstrução que em geral é feita em mais de uma etapa cirúrgica. De acordo com Maria Elize, a maioria dos casos exige uma segunda intervenção e outros, uma terceira, até que se alcance um formato e aparência satisfatórios para a mama. “A primeira etapa cirúrgica envolve uma cirurgia maior, posteriormente são feitas uma ou duas etapas menores. Apesar de a reconstrução ser uma cirurgia grande, mais agressiva do que as demais cirurgias plásticas nas mamas, a recuperação da paciente é normal, podendo ser comparada à cirurgia de redução de mamas”.
Embora a cirurgia possa lhe dar uma mama relativamente natural, a mama reconstruída nunca será igual a mama que foi removida. Segundo a cirurgiã plástica, os resultados finais da reconstrução pós mastectomia podem ajudar a minimizar o impacto físico e emocional da mastectomia. “Com o tempo, certa sensibilidade na mama pode voltar, e as cicatrizes tendem a melhorar, embora nunca desaparecerão completamente. Há algumas limitações, mas, a maioria das mulheres acha que são pequenas em comparação à melhoria em sua qualidade de vida”.