A Polícia Militar atendeu duas ocorrências de violência doméstica e familiar nesse feriado da sexta-feira santa (10 em Guarapuava. A primeira ocorreu às 15h42 no bairro Primavera. Por volta das 15h42, conforme ligação via 190, havia uma briga entre um casal na avenida Expedicionário Luiz Sávio, e uma mulher teria sido agredida pelo marido.
No endereço, os policiais conversaram com os dois. A mulher de 26 anos, relatou que foi agredida pelo marido de 28 anos, e que a filha foi causou lesões no agressor ao tentar socorrer a mãe. O agressor sofreu lesão na face e no braço.
Ele contou aos policiais que teve uma discussão com a esposa e que entraram em vias de fato. A mulher afirmou ainda que o marido causou danos na casa, quebrou objetos e videos, e jogou comida no chão. Os dois foram levados para a 14ª SDP.
VILA BELA
A segunda ocorrência de violência doméstica foi registrada às 22h na rua Padre Réus, no bairro Vila Bela. No endereço, a moradora de 47 anos relatou à PM que o ex-marido tinha feito uma ameaça de morte com uma faca.
Além disso, a mulher afirmou que ele sempre tenta retirá-la de casa. Conforme a polícia, após a agressão, o homem ateou fogo nos pertences da vítima, sendo necessário o acionamento do Corpo de Bombeiros. O agressor não foi localizado.
REGISTRO ON-LINE
A procuradora da mulher da Assembleia Legislativa do Paraná, a deputada estadual Cristina Silvestri, pediu nessa semana que sejam disponibilizados boletins on-line para registros de ocorrências. Seria para casos de violência doméstica, exceto em casos de violência sexual. A demanda apresentada pela procuradoria foi referendado pela bancada feminina da Casa e, também, por outros parlamentares.
Além da Procuradoria da Assembleia, a Defensoria Pública, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça também reforçam a importância da liberação desse modelo de denúncia e confecção de boletins. Conforme a procuradora, o documento está na Secretaria de Segurança Pública do Paraná.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou aos tribunais de todo o país que divulguem os telefones e e-mails de contato para denúncia de casos de violência doméstica. De acordo com o CNJ, por telefone, whatsapp, e-mail ou mesmo presencialmente, é possível denunciar agressões e receber proteção do Estado durante a quarentena.
De acordo com a coordenadora do Movimento Permanente de Combate à Violência Doméstica, conselheira Maria Cristiana Ziouva, é preciso estar alerta. A observação é feita ao Sistema de Justiça e a rede de enfrentamento à violência doméstica, para que, mesmo em isolamento social, saibam agir.
SERVIÇO
Os casos de violência ou assédio, a qualquer hora do dia ou da noite, devem ser comunicados pelo telefone 190. Qualquer pessoa pode fazer a denúncia: a própria mulher, vizinhos, parentes ou quem estiver presenciando, ouvindo ou que tenha conhecimento do fato.
Para os casos não emergenciais, o Disque 180 ou o Disque 100 também recebem denúncias e oferecem orientações. Em todo o país, as casas de abrigo seguem funcionando normalmente embora, em alguns locais, estejam recebendo menos pessoas.
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