Polícia Científica promove ação para identificar desaparecidos

A partir de segunda (26) até 30 de agosto, a Polícia Científica do Paraná vai participar da Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas. O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com as secretarias estaduais, coordena a iniciativa, que busca ampliar o número de perfis genéticos coletados para melhorar as chances de identificação de pessoas desaparecidas.

Hudson Leôncio Teixeira, secretário estadual da Segurança Pública, afirma que, embora a Polícia Científica faça as coletas diariamente, a intensificação anual durante este período reforça a relevância das ações. As coletas genéticas são provas importantes para as investigações da Polícia Civil e demonstram a integração das forças de segurança no Paraná.

Conforme Luiz Rodrigo Grochocki, diretor-geral da Polícia Científica do Paraná a coleta de material genético de familiares é um dos pilares da ação. Este procedimento é essencial para aumentar as chances de localização e identificação de pessoas desaparecidas, utilizando métodos científicos avançados. Desse modo é importante que as famílias compareçam às unidades da Polícia Científica para fazer a coleta.

Além disso, familiares de primeiro grau, como pais, filhos biológicos e irmãos, devem fazer a coleta preferencialmente. Recomenda-se a coleta de amostras de pelo menos dois familiares para melhorar a precisão das identificações. O material genético deve ser inédito, e você não precisará repetir a coleta se o banco de perfis genéticos já contiver registros anteriores.

Em maio de 2024, inseriram-se mais de 220 mil perfis no banco nacional, sendo 7 mil do Paraná, o que resultou em oito identificações de cadáveres. Nesse site estão a localização das Unidades de Execução Técnico-Científicas, da Polícia Científica do Paraná, para a coleta.

Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

PROCEDIMENTO

Para iniciar a busca por uma pessoa desaparecida, o primeiro passo é registrar o boletim de ocorrência. Você pode registrar o boletim em qualquer delegacia do Estado do Paraná ou pela internet. Após a comunicação, a Polícia Civil do Paraná utiliza a tecnologia e a experiência dos policiais para iniciar uma investigação eficaz e fornecer respostas rápidas às famílias.

No entanto, não é necessário esperar 48 horas após a constatação da ausência de uma pessoa para registrar o desaparecimento. O boletim pode ser feito em qualquer delegacia, mesmo que não seja especializada, ou pela internet no site da Delegacia Eletrônica.

Após registrar o BO, é essencial que o familiar vá a uma delegacia para fornecer uma foto do desaparecido e outras informações. Em seguida, deve-se procurar um ponto de coleta para fornecer documentos pessoais e o boletim de ocorrência. Levar objetos pessoais do desaparecido, como escova de dentes ou amostras de material genético, pode ajudar na investigação.

BUSCAS

Após a coleta, os peritos fazem o exame de DNA e incluem a amostra no banco nacional de dados genéticos. Com o perfil cadastrado, os peritos comparam os perfis genéticos com aqueles de pessoas vivas e falecidas não identificadas.

Se a comparação entre o perfil dos familiares e o perfil genético do banco resultar em uma correspondência, a instituição responsável entrará em contato com a família. Por fim, após incluir o perfil no banco, o sistema continuará a busca automaticamente a cada nova atualização da base de dados, se a pessoa ainda não for localizada.

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