Polícia Federal de Foz do Iguaçu realiza Operação Aletria

Da Redação, com Assessoria 

Foz do Iguaçu – A Delegacia de Polícia Federal de Foz do Iguaçu, por meio de seu Núcleo de Operações (NO/DPF/FIG/PR), deflagra a Operação Aletria. A investigação teve início para apurar a existência de associação para o tráfico de drogas [maconha e cocaína] atuante na região da fronteira do Oeste do Paraná, especialmente nos municípios de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel, Itaipulândia e Missal. Foram colhidos indícios de que o grupo era responsável por introduzir no território nacional, armazenar e enviar a droga para grandes centros consumidores no país.

De acordo com a polícia, após um ano e meio de investigação, obteve-se  indícios contundentes da existência de associação para o tráfico de drogas transnacional, composta por, pelo menos doze pessoas, entre os que atuam diretamente no tráfico de drogas e aqueles que auxiliam na ocultação de administração dos bens adquiridos com o proveito do tráfico.

Durante a ação foi investigado todo o patrimônio para o qual supostamente concorreu diretamente o dinheiro obtido com o tráfico de drogas, foi investido em imóveis, empreendimentos, automóveis, caminhões, carretas e embarcações, os quais estão registrados em nomes de terceiros e de familiares próximos.

Durante a fase sigilosa, foram presas em flagrante nove pessoas, as quais permanecem sob custódia nos estados do Paraná, São Paulo e Pernambuco. Foram apreendidos sete veículos, duas embarcações, um caminhão, uma carreta, 31 toneladas de alpiste contrabandeado, cinco armas de fogo, munições, 4,5 toneladas de maconha, nove quilos de crack e  uma prensa de cocaína.

Com a deflagração, que ocorreu nessa segunda feira (27), foram cumpridos: quatro mandados de prisão preventiva; três mandados de monitoração eletrônica; oito mandados de condução coercitiva; quatorze mandados de busca e apreensão em residências; três mandados de busca e apreensão em empresas, todos expedidos pela 5ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu.

São objeto de seqüestro judicial: três residências, cinco lotes, uma chácara, um motel, uma pedreira, sete caminhões, duas máquinas, duas embarcações e seis automóveis, que alcançam um patrimônio aproximado de R$ 20.000.000,00.

Equipes da Receita Federal do Brasil, as quais atuam em cooperação com a Polícia Federal, sob a ótica tributário-fiscal, cumpre conjuntamente com a Polícia Federal os Mandados de Busca e Apreensão nas empresas. 

De acordo com a polícia, estima-se que o chefe da organização criminosa seja um dos mais antigos da região e que atue com o tráfico de drogas há mais de dez anos. A elevada quantidade de droga apreendida e os bens identificados indicam o elevado poderio econômico de seus integrantes.

Com a prisão dos demais envolvidos, a Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu passa a ter trinta dias para concluir as investigações.