22/08/2023
Geral Paraná

Polícia Federal divulga nota dizendo que conversa em aplicativos é "falsa e absurda"

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Da Redação

Guarapuava – Uma mensagem falsa que circula em aplicativos de conversas em nome de pseudo funcionário da Polícia Federal, provocou a reação do órgão, no Paraná.

De acordo com a administração da PF e com o delegado regional de Combate ao Crime Organizado, trata-se de “mensagem falsa e absurda” e não existe nenhum servido na PF de nome Talysson de Almeida, e nem delegado chamado Igor Cardoso.

O conteúdo que circula em aplicativos de conversas é que Talysson, que assina o conteúdo, teria feito parte da escolta do juiz Sergio Moro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ocasião da audiência do último dia 13 em Curitiba, e teria ouvido conversa entre ambos. “Infelizmente, até agora não sabemos qual vai ser a postura do Delegado ante à proposta do ex-presidente, que ofereceu até recursos materiais e financeiros em troca de vistas-grossas da PF e abandono de algumas linhas de investigação”, diz o suposto policial.

Na nota encaminhada à RSN, a Polícia Federal afirma que o Delegado Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal (DRCOR/SR/PF/PR) que coordena, entre outros trabalhos, as investigações da Lava Jato no Estado do Paraná, não esteve em momento algum com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante as suas idas a Curitiba para participar de audiências na Justiça Federal do Paraná. Da mesma forma, jamais realizou qualquer tipo de reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar sobre qualquer assunto.

Assegura também que em “nenhum momento houve qualquer tentativa, conversa ou reunião com quem quer que seja para tratar de assuntos relacionados às investigações da Operação Lava Jato que são restritos unicamente à equipe de investigação da Polícia Federal, bem como representantes do Ministério Público Federal e Justiça Federal quando necessário”.

Finalmente, a PF conclui que mensagens desta natureza, divulgadas de maneira ampla através de grupos de aplicativos de conversas, tem como objetivo tentar prejudicar os trabalhos desenvolvidos pela equipe de investigação. “Os trabalhos desenvolvidos pela Polícia Federal têm sido marcados pela imparcialidade, qualidade técnica e respeito à lei, assim reconhecidos pela população brasileira”.

  MENSAGEM DIVULGADA EM GRUPOS DE APLICATIVOS DE CONVERSAS

""Meu nome é Talysson de Almeida e trabalho na sede da Polícia Federal aqui em Curitiba. Como é de conhecimento de todos, no último dia 13/09, o ex-presidente Lula veio a esta cidade para prestar depoimento ao Juiz Sérgio Moro. O que quase ninguém sabe é que, antes de deixar a cidade, ele se encontrou com o Delegado Federal Igor Cardoso, coordenador da Operação Lava Jato no Paraná. O objetivo era propor uma redução das investigações, uma vez que alguns fatos gravíssimos estão por vir à tona. Eu fiz parte do corpo de escolta e acompanhei parte da conversa. Infelizmente, até agora não sabemos qual vai ser a postura do Delegado ante à proposta do ex-presidente, que ofereceu até recursos materiais e financeiros em troca de vistas-grossas da PF e abandono de algumas linhas de investigação.

Mesmo correndo o risco de perder o meu cargo, oou ainda de ser caluniado como meu colega Newton Hidenori Ishii, mais conhecido como "Japonês da Federal", que foi injustamente acusado e preso por supostamente facilitar o contrabando no paraná, me sinto no dever de levar essa informação ao maior número de pessoas possível. Tenho certeza de que se a população souber que a Lava Jato está sendo ameaçada e se manifestar contra qualquer abalo nas investigações, nada poderá deter a limpeza política tão necessária para salvar nosso país da cultura da corrupção.

Por isso, peço sua ajuda. Compartilhe essa publicação com o maior número de pessoas possível. Juntos somos mais fortes!"

NOTA DA PF

A Administração Regional da PF e o Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado da PF no Paraná a respeito da mensagem divulgada através de grupos e aplicativos de conversas informa:

1- Trata-se de mensagem falsa e absurda;

2- Não existe nenhum servidor da PF de nome:“Talysson de Almeida”, e não existe na PF do Paraná, delegado de nome:”Igor Cardoso”;

3- O Delegado Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal (DRCOR/SR/PF/PR) que coordena, entre outros trabalhos, as investigações da Lava Jato no Estado do Paraná, não esteve em momento algum com o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante as suas vindas a Curitiba para participar de audiências na Justiça Federal do Paraná. Da mesma forma, jamais realizou qualquer tipo de reunião com o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar sobre qualquer assunto;

4- Em nenhum momento houve qualquer tentativa, conversa ou reunião com quem quer que seja para tratar de assuntos relacionados às investigações da Operação Lava Jato que são restritos unicamente à equipe de investigação da Polícia Federal, bem como representantes do Ministério Público Federal e Justiça Federal quando necessário;

5- Mensagens desta natureza, divulgadas de maneira ampla através de grupos de aplicativos de conversas, tem como objetivo tentar prejudicar os trabalhos desenvolvidos pela equipe de investigação;

6- Os trabalhos desenvolvidos pela Polícia Federal têm sido marcados pela imparcialidade, qualidade técnica e respeito à lei, assim reconhecidos pela população brasileira.

Comunicação Social da Polícia Federal em Curitiba-Paraná

41-3251-7809

cs.srpr@dpf.gov.br

                                                                                                                              

Cristina Esteche

Jornalista

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