Policia investiga morte de paciente em casa de apoio clandestina

A polícia civil continua investigando a morte de Helena das Neves e de outros internos numa casa de apoio em Guarapuava. Localizada na  Rua  Arthur  Bernardes, no  Morro  Alto,  a casa foi interditada pela Vigilância Sanitária por ter sido considerada inadequada. De acordo com a Vigilância Sanitária, a casa não possui a documentação exigida  e o ambiente não condiz com as necessidades dos internos que são portadores de doenças mentais.

Uma pessoa que tem um irmão que também morava na casa, acusa os responsáveis por negligência. De acordo com a Polícia Militar, os internos chegavam até esse “abrigo” por indicação de um técnico de enfermagem, que também prescrevia medicamentos aos pacientes. Segundo a polícia, Helena teria recebido novos medicamentos um dia antes de falecer.  Ana Maria Bento, Iara da Aparecida Bento e Jorge Antonio Karam estão presos na Cadeia Pública de Guarapuava.  Os  internos  ficaram  aos  cuidados  da  equipe  de assistência social, e a equipe da Vigilância Sanitária apreendeu vários medicamentos no local.

Essa não é a primeira vez que uma casa de apoio a portadores de deficiências mentais é interditada em Guarapuava. Há cerca de um ano, uma casa também no Morro Alto foi fechada. A prática é a seguinte: os familiares entregam os pacientes aos cuidados de “responsáveis” e dão a eles o direito de receber o benefício do INSS de cada interno que seria para custear as despesas com medicamentos e alimentação. Porém, as casas são interditadas por  possuírem estrutura precária; alimentação e tratamento inadequado e por serem clandestinas.