22/08/2023


Em Alta Pinhão Região Segurança

Polícia resgata trabalhadores em condições análogas à escravidão

Quatorze pessoas estavam sendo submetidas a condições degradantes, sem EPI's e expostas a ambientes precários numa carvoaria em Pinhão

PA prende dono de carvoaria em Pinhão (Foto: Divulgação)

O trabalho escravo no Brasil, apesar de proibido por lei, ainda persiste de forma disfarçada em diversas atividades econômicas. Um exemplo recente ocorreu nesta quinta (5), quando o responsável por uma carvoaria na localidade de Taquaras, em Pinhão, foi preso em flagrante. Ele estava operando a carvoaria sem a devida autorização ambiental. Além de armazenar cerca de 20 toneladas de carvão vegetal extraído de áreas nativas sem a documentação legal exigida.

O mais grave, no entanto, remete à situação dos trabalhadores. Quatorze pessoas estavam submetidas a condições degradantes, sem o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI’s) e expostas a ambientes precários. Ou seja, sem condições adequadas de higiene e alimentação. Essas condições surgem como características do trabalho análogo à escravidão, em que os trabalhadores são forçados a trabalhar em situações que comprometem sua saúde, segurança e dignidade.

O responsável pela carvoaria, conforme informações da Polícia Ambiental, encontra-se na Delegacia da Polícia Civil, onde os procedimentos legais estão sendo feitos. A investigação segue em andamento, com o apoio de diversos órgãos, dada a complexidade da situação. Esse caso é um reflexo das práticas ilegais e exploratórias ainda presentes em algumas atividades no Brasil.

Essas práticas se observam, especialmente em setores como o extrativismo, de acordo com relatos oficiais. A falta de fiscalização e a busca pelo lucro imediato contribuem para a manutenção de condições de trabalho análogas à escravidão. Trata-se de violação aos direitos humanos fundamentais.

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Cristina Esteche

Jornalista

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