22/08/2023
Geral Paraná

Policiais civis cruzam os braços a partir desta segunda (17)

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Da Redação

Guarapuava – Os agentes da Policia Civil do Paraná, pela adesão à greve do funcionalismo público, estão de braços cruzados a partir desta segunda feira (17). A categoria exige a reposição da inflação e a contratação de mais policiais, além do fornecimento de coletes à prova de bala e outras demandas especificas da classe.

De acordo com o Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), a paralisação segue por tempo indeterminado. Durante a semana, a greve já havia sido votada por agentes do interior do Estado.

A partir de hoje, as delegacias vão funcionar com apenas 30% do efetivo, conforme estabelece a lei, e somente os casos mais graves serão atendidos, como flagrantes e crimes contra a vida. Para amenizar o impacto à população, serviços como o boletim de ocorrência em caso de perda, furto ou extravios de documentos podem ser feitos pela Delegacia Eletrônica do Paraná.

Além do reajuste salarial, a categoria protesta pelo fornecimento de novos coletes à prova de balas, o aumento de efetivo policial e o fim da dupla função com o cuidado com à custódia dos presos que estão nas delegacias.

De acordo com o presidente da Sinclapol, André Luiz Gutierrez, muitos policiais exercem dupla função e chegam a trabalhar além da carga horária prevista, sem receber hora extra. Segundo ele, cerca de 4 mil agentes trabalham nas 500 delegacias do Paraná, algumas já desativadas, mas o ideal seria que o efetivo fosse, pelo menos, de 8 mil servidores.

“Cada delegacia deveria ter quatro equipes, sendo um delegado, um escrivão e dois investigadores, no mínimo, por equipe. Então seriam necessários dois mil delegados, dois mil escrivães e oito mil investigadores. Nós não temos isso nem de perto”, diz Gutierrez.

Em agosto, a categoria fez uma paralisação simbólica para reivindicar melhores condições de trabalho e doaram sangue em todo o Paraná.

GREVE DO FUNCIONALISMO PÚBLICO NO PARANÁ

O movimento de agentes de operações, escrivães, investigadores e papiloscopistas soma à paralisação dos professores da rede estadual de ensino que também foi anunciada para esta segunda (17).

No caso dos docentes, além dos ajustes salariais, a categoria iniciou o movimento de greve em protesto contra a emenda da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), encaminhada pelo governador Beto Richa (PSDB) para a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) que retira o reajuste da categoria previsto para janeiro de 2017. A promessa de reposição salarial foi feita para acabar com a greve dos servidores, que aconteceu no ano passado, durou 44 dias e ficou marcada pela violência do dia 29 de abril.

Na última quarta feira (13), a tramitação do projeto de lei que congela os salários dos servidores estaduais foi suspensa pelo governo do estado, mas a categoria dos professores manteve a paralisação até que emenda seja retirada.

Cristina Esteche

Jornalista

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