22/08/2023


Comunidade Paraná Saúde Segurança

Policiais penais denunciam precariedade na prevenção ao coronavírus

As reclamações vão desde a falta de álcool gel e máscaras até a movimentação de presos que está suspensa por decreto, mas ainda ocorre em algumas unidades

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Policiais penais denunciam condições precárias de prevenção ao coronavírus (Foto: Joka Madruga)

O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarpen) informou nesta sexta (17), que está recebendo reclamações sobre as condições precárias de prevenção ao coronavírus nas penitenciárias do Estado. Segundo o sindicato, há falta de álcool gel, termômetros e máscaras em modelos adequados.

De acordo com o Sindarpen, os presídios são “ambientes de confinamento e de grande número de pessoas. A todo o momento, o cuidado é necessário. Esses materiais de proteção precisam estar disponibilizados em número suficiente para todos os trabalhadores”.

Conforme a reclamação de um policial penal da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu, não é possível usar as máscaras recebidas. “Recebemos as máscaras feitas por presos que vieram todas em tamanho pequeno”.

“SEM TRIAGEM”

Apesar do Decreto 4230, do Governo do Estado, e a Resolução da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Administração Penitenciária, terem suspendido a movimentação de presos, essa atividade ainda permanece em muitas unidades penais e sem triagem para o coronavírus.

Um outro policial penal, só que da Casa de Custódia de Piraquara, relatou ao sindicato que os presos continuam chegando sem fazer qualquer triagem. “Só hoje chegaram 100 presos. Além disso, a ordem foi que fizéssemos mudanças nas celas, o que acaba fazendo aglomeração”.

Assim, o maior problema, segundo um policial penal da Casa de Custódia de Maringá, é o” recebimento de presos vindos de delegacias, sem qualquer orientação para os servidores e sem triagem também”.

Por fim, a Diretoria do Sindarpen informou que vem notificando as autoridades competentes e as chefias das unidades. Diante dos casos de negligência com a saúde dos funcionários e dos presos, o sindicato disse estar denunciando todos os atos e acionado o departamento jurídico.

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Cristina Esteche

Jornalista

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