22/08/2023

Politica

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Há 30 anos o fotógrafo guarapuavano Valdir Cruz fotografa o interior de Guarapuava. São pessoas, cenas do cotidiano, paisagens que deverão compor um álbum e uma exposição fotográfica. O projeto já está aprovado pela Lei Nacional de Incentivo à Cultura, mas a dificuldade na captação de recursos no Brasil impede a prática do trabalho. Nem mesmo morando há 28 anos em Nova Iorque e considerado um entre os 10 melhores fotógrafos do mundo, provoca o reconhecimento profissional de Valdir Cruz no estado e, consequentemente, na cidade onde nasceu. O maior entrave é a política bairrista estadual que se mantem na contramão do cenário cultural internacional. Valdir Cruz nunca conseguiu um espaço para expor o seu talento, mesmo já tendo fotografado, sob vários ângulos, a Catedral de Curitiba.
“O maior problema que enfrento agora é morar fora do Paraná, fora do País, já que a Lei Estadual de Incentivo à Cultura contempla, sem exceção, os artistas paranaenses que moram no estado”, disse o fotógrafo à REDE SUL DE NOTÍCIAS, durante sua breve estadia na cidade

Valdir Cruz, porém, conseguiu agendar uma exposição para abril de 2013 no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. Serão 50 imagens em tamanho ampliado. Já o livro está projetado para 3 mil exemplares, 90 imagens distribuídas em 160 páginas. Antes, porém, o trabalho será exposto no Museu da Imagem e do Som (MIS).

O projeto  do livro sobre Guarapuava dará retornos publicitários aos patrocinadores. Parte do valor já foi  captado junto ao Banco alemão WestLB, outra  parte continua  em aberto.

O retorno para o patrocinador será o abatimento de 100% do Imposto de Renda; 10% da tiragem dos catálogos; impressão da logomarca da empresa na contracapa dos livros e em todo material de divulgação; inclusão de texto* de apresentação na abertura do livro; convites para a abertura da exposição;assessoria de imprensa. De acordo com Valdir Cruz, outras formas de retorno podem ser
negociadas.

UM POUCO DE VALDIR CRUZ
Valdir Cruz nasceu em Guarapuava, no sul do Paraná, em 1954. Embora esteja vivendo nos Estados Unidos há cerca de 30 anos, o foco principal de seu trabalho em fotografia é o povo, a arquitetura e a paisagem do Brasil. De 1994/2000, concentrou em Faces da Floresta, projeto que documentou a vida dos povos indígenas do norte da Amazônia e que lhe valeu, em 1996, uma bolsa da Fundação Guggenheim. Entre suas publicações está Catedral Basilica de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais (Nova Iorque: Brave Wolf Publishing, 1996); Faces of the Rainforest (Nova Iorque: Throckmorton Fine Art, 1997); suas fotografias também aparecem no aclamado Darkness in El Dorado, de Patrick Tierney (Nova Iorque: W. W. Norton, 2000); Faces of the Rainforest – The Yanomami (Nova Iorque: powerHouse Books, 2002); com o apoio da Fundação Guggenheim, Faces da Floresta – Os Yanomami (São Paulo: Cosac & Naify, 2004); Carnaval, Salvador – Bahia –1995/2005 (Nova Iorque: Throckmorton Fine Art, 2005); O caminho das águas (São Paulo: Cosac & Naify, 2007); com patrocínio da Fundação Stickel, RAÍZES – Árvores na paisagem do Estado de São Paulo (São Paulo: Imprensa Oficial, 2010); e BONITO – Confins do Novo Mundo (Rio de janeiro: Capivara Editora, 2010); com patrocínio do BNP Paribas. Seu trabalho está presente nas coleções permanentes do Museu de Arte de São Paulo (MASP), do Museum of Modern Art (MoMA), de Nova Iorque, e do Smithsonian Institute, em Washington, D.C., entre outras. Seu principal representante nos Estados Unidos é a galeria Throckmorton Fine Art, Inc., em Nova Iorque. No Brasil e representado por Bolsa de Arte de Porto Alegre, RS – Lourdina Jean Rabieh, São Paulo – Pequena Galeria 18, Rio de Janeiro e Paulo Darzé Galeira de Arte em Salvador. Valdir Cruz divide seu tempo entre seus estúdios em Nova Iorque e São Paulo.

 

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Cristina Esteche

Jornalista

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