A segunda ponte ligando o Brasil ao Paraguai, em Foz do Iguaçu, está com obras avançadas e à frente do cronograma inicialmente previsto, com 13% de taxa de conclusão. O balanço foi feito neste fim de semana, pelo consórcio responsável pela construção do complexo durante visita técnica na sexta (28), do governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Também participaram da visita técnica, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Joaquim Silva e Luna. O governador enfatizou que a obra é complexa e importante e que a nova ponte ajudará a consolidar o Paraná como hub logístico da América do Sul.
“É um projeto que está em discussão há mais de 25 anos e que tiramos do papel em tempo recorde”. Além da maior integração, o governador destacou a ampliação da fiscalização em relação a produtos contrabandeados, já que haverá mais uma aduana.
“Somos responsáveis pela gestão desta obra, que só traz pontos positivos, representando uma equação de ganha-ganha. Um sistema de fronteira mais organizado ajuda a combater a violência e o crime”, disse.
SEGUNDA PONTE
A segunda ponte está sendo construída sobre o rio Paraná na Região do bairro Porto Meira, em Foz do Iguaçu. No lado paraguaio, a obra vai alcançar o município de Presidente Franco, vizinho de Cidade de Leste, onde está a Ponte Internacional da Amizade.
O ministro Tarcísio de Freitas destacou que os trabalhos estão dentro do cronograma. “Com a concretagem dos blocos, já podemos ver o coração da obra bater. Está andando tudo muito bem. O que se perdeu de tempo, ganhamos agora com o aprendizado que estamos tendo aqui”.
Engenheiro que coordena a construção da ponte, Osman Bove explicou que o consórcio conseguiu superar os problemas burocráticos que marcaram o início da construção do lado paraguaio. “Mesmo assim estamos à frente do cronograma inicial. Trabalhamos para entregar no prazo ou mesmo um pouco antes”, afirmou o engenheiro. Será a maior ponte de vão-livre do Brasil.
INVESTIMENTO
O complexo da Ponte da Integração e de uma via perimetral estão sendo financiadas pela Itaipu, ao custo de R$ 463 milhões. A gestão das obras está a cargo do Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Logística.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Joaquim Silva e Luna disse que a binacional deixa um legado para a população da Região Oeste do Paraná. “A ponte vai melhorar a vida de muita gente. É algo visível, que mostra às pessoas exatamente para onde está indo o dinheiro da Itaipu”.
PERIMETRAL
Além da ponte, está prevista a construção de uma perimetral no lado brasileiro. Assim, o projeto inclui uma ligação entre a Rodovia das Cataratas e a BR-277 pela Perimetral Leste, por onde trafegarão os veículos pesados que circulam entre Brasil e Argentina.
“É um marco histórico. Uma ponte belíssima, uma obra grandiosa que nos enche de orgulho”, disse Sandro Alex, secretário da Infraestrutura e Logística.
LIGAÇÃO
De acordo com a Agência Estadual de Notícias, a nova ponte será do tipo estaiada, com duas torres de sustentação de 120 metros de altura. O projeto prevê pista simples, com 3,70 metros de largura, com acostamento de 3 metros e calçada de 1,70 metro. A extensão é de 760 metros, com vão-livre de 470 metros. Serão ainda mais 15 quilômetros de acessos e aduanas.
Também está em fase de projetos a construção de uma terceira ponte ligando os dois países. Ela será construída sobre o rio Paraguai, entre as cidades Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta. Por fim, o investimento também será da Itaipu.
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