População se une a favor da Unicentro

Caio Budel

Professores, acadêmicos, servidores e até pessoas que não tem ligação direta com a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), se reuniram em frente a praça 9 de Dezembro na tarde deste sábado (21), em Guarapuava, para manifestar seus descontentamentos sobre o caos que abate a instituição.

Em meio a coros como "A nossa luta unificou! É estudante, é funcionário, é professor!" e cartazes com frases de ordem, os solidários e atingidos pelos cortes feitos pelo Governo do Estado na Unicentro mobilizaram diversas pessoas que passavam pelo calçadão da XV de Novembro.

De acordo com informações do Comando de Greve da instituição, caso a Unicentro realmente chegue a fechar as portas, mais de 11 mil alunos de graduação serão impossibilitados de estudar. Ao todo, ainda de acordo com o Comando, 1600 profissionais por ano são formados na universidade, o que tem impacto direto no mercado.

"O fechamento da Unicentro vai influenciar em tudo onde a instituição tem campi, principalmente na economia", disse um dos manifestantes.

Para Isabela Letícia, que está em seu último ano de curso na Unicentro, a situação atual é preocupante, principalmente por este caso estar acontecendo há muito tempo. "Não é de hoje que todo mundo sabe que a Unicentro e várias outras universidades estão sucateadas. Isso era uma guerra anunciada e o governo não se mexeu", lamenta.

Durante a manifestação de hoje, grupos foram formados por pessoas ligadas à instituição para fazer a conscientização da população sobre o caso nas ruas. Um caminhão de som também foi usado para fortalecer a causa.