22/08/2023



Política

Por falta da adesão de outras universidades, Unicentro descarta greve

Professores da Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste) reunidos em assembleia decidiram aceitar a proposta do Governo do Estado e colocaram um final no indicativo de greve. A reposição salarial, portanto, será feita em quatro parcelas de 7,14% cada. Mas não foi o percentual proposto pelo governador Beto Richa que acabou com o movimento grevista, mas a falta de adesão das outras universidades paranaenses. “Sozinha a Unicentro não teria força para negociar com o Estado”, disse o sindicalista Denny William à RSN. Alia-se a esse peso o fato da Unicentro não possuir tradição em greve, mesmo porque a maioria dos professores não são efetivos, mas contratados como colaboradores.

 

Aliás, esse é um fato que também gera descontentamento perante o movimento sindical e os próprios servidores. “Nossa carga horária é sobrecarregada. Temos entre 14 e 18 horas/aula quando em Londrina, Maringá e outras não passam de 8h/aula e 10h/aula por causa do número reduzido de professores”, observa Denny. A falta de funcionários também acaba acarretando novas funções aos professores. “Os professores trabalham no administrativo e até como técnicos de laboratórios”, emenda.
Esse conjunto de deficiências, de acordo com o sindicalista, acaba acentuando a evasão de profissionais para centros universitários mais estruturados e com melhor remuneração profissional.

Apesar de tudo, entretanto, o representante da Adunicentro (Associação dos Docentes da Unicentro), Denny William, considera que as paralisações pontuais feitas pelos professores saiu vitoriosa. “Temos que entender que em fevereiro não tínhamos nada e com a paralisação feita no dia 7 o Governo compôs a verba de custeio que tinha sido cortada, contratou mais 69 professores e apresentou a proposta de reposição salarial”, lista.

Cristina Esteche

Jornalista

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