O Paraná conquistou nessa quarta (10) a chancela técnica da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como zona livre de peste suína clássica independente. De acordo com as informações da Agência Estadual de Notícias, essa classificação retira o Estado de um grupo formado por 14 outros estados. E ainda garante vantagens sanitárias aos produtores locais no mercado internacional.
O secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara explicou que o pleito de isolar o Paraná foi reconhecido. “Somos um bloco independente. Agora estamos isolados de problemas que possam acontecer na divisa com o Norte e parte do Nordeste que não são livres. Para o Estado é uma segurança, uma garantia. Somos um pedaço independente dentro do Brasil”.
Ainda de acordo com o secretário, o Estado deve avançar no comércio mundial. “Abatemos mais de 10 milhões de suínos por ano e com perspectiva de chegar a 15 milhões em breve”.
PRODUÇÃO
Segundo a Agência, o Paraná deve produzir neste ano 950 mil toneladas de suínos, se aproximando cada vez mais de Santa Catarina, maior produtor do País. Além disso, o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins afirmou que a partir desse documento o Estado terá a chancela em maio e ocorre a formação em um bloco único. “Se acontecer no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, estamos livres dessa questão. Isso nos dá um novo status sanitário. Possivelmente daqui a dois ou três anos seremos o maior produtor do País”.
Além disso, o reconhecimento internacional já foi concedido ao Paraná em 2016 pela OIE. Porém, ainda está pendente a chancela como zona única. Em dezembro de 2019, entretanto, o Ministério da Agricultura já tinha publicado uma instrução normativa que reconhecia o Paraná como área livre peste suína clássica. Assim sendo, a medida foi adotada porque a Zona Livre Específica da qual o Paraná fazia parte estava sob risco iminente de perder esse status sanitário. Isso ocorreu devido o registro de focos da peste suína em Alagoas, próximo à divisa com o Sergipe.
DOENÇA
Por fim, a peste suína clássica é uma doença viral e está incluída na lista de notificação obrigatória pela OIE por ser de fácil difusão. Dessa forma, ela acomete somente suínos sendo que humanos não adquirem. Além disso, os sinais clínicos mais comuns são transtornos circulatórios e lesões cutâneas.
Além disso, essas lesões podem vir acompanhadas de conjuntivite em animais adultos e distúrbios neurológicos em suínos jovens. Por fim, o animal também pode apresentar febre alta, paralisia nas patas traseiras e manchas avermelhadas pelo corpo.
Leia outras notícias no Portal RSN.