O Ministério Público do Paraná (MP-PR) tem até o final desta segunda feira (6) para oficializar o posicionamento do órgão frente as investigações feitas pela Polícia Civil sobre a morte da advogada Tatiane Spitzner, 29 anos, ocorrida na madrugada de 22 de julho. Luís Felipe Manvailer era casado com a advogada há cinco anos e está preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), como suspeito pelo feminicídio de sua esposa.
Tatiane morreu após sofrer uma queda da sacada do 4º andar do prédio onde morava com Manvailer, no Centro de Guarapuava. Na última sexta feira (3), o MP divulgou as imagens do circuito interno do edifício residencial do casal onde estão registradas diversas agressões do professor contra sua esposa. Em depoimento, Manvailer nega o feminicídio e alega que a advogada se jogou.
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As imagens integram o inquérito do fato, que já conta com mais de 400 páginas. Alguns laudos solicitados pela Polícia Civil ainda não foram disponibilizados, mas segundo o promotor de justiça Pedro Henrique Brazão Papaiz, o material já coletado é suficiente para que o Ministério Público tome a decisão de apresentação da denúncia contra Manvailer.
“Nós estamos dependendo desses exames laboratoriais ficarem prontos, do perito extrair suas conclusões com bases nesses exames e formalizarem os laudos para a gente. Algumas circunstâncias precisam ser delineadas ainda e algumas podem depender do laudo, mas nenhuma delas impede o oferecimento da denúncia”, declarou.
Em coletiva de imprensa realizada na tarde da última sexta (3), a promotora Dúnia Serpa Rampazzo, que integra as investigações do caso, adiantou que o MP realizaria o oferecimento da denúncia no prazo mais breve possível. Ainda na manhã desta segunda feira (6), conforme informado por Dúnia ao Portal RSN, a ação não havia sido oficializada. O prazo final para apresentação da posição do MP frente o caso segue até o final do dia. Há a possibilidade do Ministério Público pedir para Luís Felipe ir a júri popular.
DEFESA
Em nota, a defesa técnica de Luís Felipe Manvailer informou que permanece no aguardo do resultado de exames periciais no corpo da vítima, no apartamento do casal, nas câmeras de segurança, nos smartphones, computadores e HDs apreendidos e na realização de reprodução simulada dos fatos com a participação do acusado.
“Nesse momento é importante reafirmar que qualquer posicionamento sobre o caso, seja dos Delegados, Promotores, Advogados de Acusação ou de outro profissional que tenha participado do todo ou de parte deste apuratório (que sequer se encontra efetivamente concluído, já que pendentes importantes diligências) estará tratando de hipóteses especulativas, baseadas em fragmentos, que destoam de comprovação técnica científica”, declarou a defesa de Manvailer.