Prefeita de LS corta subsídio e acadêmicos vão ser obrigados a trancar matriculas

Cristina Esteche

Laranjeiras do Sul –  Acadêmicos que dependem do transporte escolar para se deslocarem diariamente a faculdade de Guarapuava e de Cascavel estão sujeitos à parar de estudar por falta de recursos para pagar o translado. É que para o ano letivo de 2015 a administração municipal cortou o subsídio de 50% para a Associação dos Universitários do Dinão. De acordo com o presidente da entidade, Vinicius Sterza, o gasto anual  em 2014  foi de R$ 440 mil. “O acadêmico que estuda em Cascavel investiu R$ 250 por mês, enquanto quem cursa em Guarapuava gastou R$ 160 mensais. Esses valores agora vão dobrar e muitos alunos não vão ter condições de bancar o custo, sendo obrigados a trancar a matrícula”.

De acordo com Vinicius, o comunicado de que o convênio não seria renovado foi feito por ofício. “Nos pegaram de surpresa e ao expedir tal decisão o poder executivo municipal de Laranjeiras do Sul, assassinou os sonhos de 350 universitários, em sua grande maioria, oriundos das classes mais baixas da sociedade, sendo de famílias que sobrevivem com menos de salário mínimo por mês, tornando se assim impossível para estas pessoas custear R$ 320,00 mensais para ir para o município de Guarapuava e tão pouco R$ 500,00 para o transporte para Cascavel”.

Embora tenha sido uma das bandeiras de campanha da prefeita  Sirlene Svartz,  segundo o acadêmico de Direito, o corte no subsídio é justificado pela falta de recursos. O líder estudantil, porém, contesta o argumento oficial. “Esse argumento te que não se sustenta, uma vez que o município recebe uma fatia generosa da distribuição da arrecadação chegando a receber R$ 5.866. 512,89 ,em dezembro de 2014, e em apenas 14 dias do mês de janeiro de 2015 obteve a arrecadação de R$ 1.638.113,24. Isto é mais de R$ 116, 000,00, por dia, ou seja muito dinheiro, muito mais que vários municípios da região que fornecem transporte gratuito para seus acadêmicos”.

A administração municipal encontra-se em férias coletivas e não foi possível contato com as autoridades competentes para comentarem o assunto.