Guarapuava encerra a semana com a confirmação feita pelo prefeito Cesar Silvestri Filho de que o Jardim das Américas será sede de 500 novas casas.
A região é uma das mais vulneráveis da cidade e lá vivem cerca de 7 mil famílias que sobrevivem, em sua maioria, da renda gerada pela venda de lixo reciclável ou como diaristas.
O processo de opção de compra da área de 90 mil metros quadrados já está sendo finalizada e, de acordo com o secretário municipal de Habitação, Flavio Alexandre, em abril será assinado o contrato com a Caixa Econômica Federal.
O anúncio dessas unidades tinha sido realizado pelo prefeito no sábado (08) durante a solenidade de entrega das chaves de 44 apartamentos no Residencial Patrícia.
Parceria entre os governos federal, estadual e municipal, as casas estão previstas no programa Minha Casa Minha Vida para atender famílias de baixa renda, ou seja, com renda mensal familiar de até R$ 1,6 mil.
A seleção das famílias que serão beneficiadas contempla moradores também do Paz e Bem e da Vila São Vicente. Esta última é uma área vulnerável a alagamentos e que foi conhecida como “Sapolândia”.
De acordo com o prefeito Cesar Silvestri Filho, as casas serão construídas perto do CEU (Centro de Esportes e de Artes Unificados) das Artes, um espaço aberto à comunidade para atividades diversas. Uma praça também está sendo construída no local.
“Vamos promover uma revolução no Jardim das Américas como já estamos fazendo no Residencial 2000”, disse o prefeito, referindo-se à urbanização dessas localidades.
No Jardim das Américas, quem passa por lá, se depara com barracos, esgoto a céu aberto, ruas em condições precárias. Porém, as novas residências em alvenaria serão construídas após a infraestrutura estar concluída. “Serão galerias pluviais, rede de energia elétrica, de água tratada e de esgoto, calçadas”, enumera o prefeito.
EM UM MÊS, 50% DE 10 ANOS
Em janeiro de 2014 o prefeito contratou a construção de 224 unidades que estão sendo construídas ao lado do Residencial Patrícia. Esse número equivale a 50% do que foi construído nos últimos 10 anos na cidade. “Nos anos de 2010 e 2011 perdemos o ‘boom’ para a construção de moradias populares. Nesse período os terrenos estavam com valores baixos. Hoje a nossa maior dificuldade é encontrar áreas pelos altos preços”, disse Flávio Alexandre. Segundo o secretário municipal de Habitação, Guarapuava possui 6 mil terrenos ociosos, destinados à especulação imobiliária. Para que esses terrenos cumpram a finalidade social foi instituído o IPTU progressivo.
JÁ CONSTRUÍDAS
– 64 apartamentos entregues no residencial Patrícia
EM OBRAS
– 224 apartametos anexo ao Residencial Patrícia
– 500 casas no Residencial 2000
META
– 1,2 mil casas até o final de 2014