O prefeito de Irati, Emiliano Gomes, afastou um médico de uma Unidade de Pronto Atendimento (Upa) responsável pelo plantão do último domingo (23) em uma unidade de saúde do município. Além disso, um decreto instaurou sindicância administrativa “para a completa apuração dos fatos, buscando averiguar todo e qualquer caso de violação aos direitos dos cidadãos relacionados ao exercício regular da Medicina”.
No decreto, o prefeito determinou o descredenciamento da empresa, credenciada em 9 de setembro de 2024 no Edital nº 053/2024, e também determinou o afastamento cautelar do médico responsável. As medidas foram anunciadas após uma mulher procurar a polícia e relatar que a filha de 18 anos, passou por uma consulta na Upa de Irati. No entanto, a receita médica estava assinada e carimbada com o nome de um profissional que não participou da consulta.
Ao verificarem a denúncia, os policiais constataram que um médico graduado no exterior e que não possui o Revalida, exame obrigatório para exercício da profissão no Brasil, foi quem assinou a receita. Depois que o caso veio à tona, a Prefeitura de Irati em conjunto com a Secretaria de Saúde, emitiu uma nota oficial tomando as providências necessárias.
“Os gestores do Executivo Municipal, assim que tomaram ciência do Boletim de Ocorrência, tomaram imediatas providências. Notificando a empresa responsável pelos serviços do Pronto Atendimento e determinando a imediata substituição do profissional acusado da irregularidade. Dessa forma, houve a imediata interrupção do exercício irregular da Medicina”.
Além disso, o Secretário de Saúde prestou depoimento junto à Delegacia de Polícia, perante Delegado plantonista. Ele informou que não existe no âmbito do Município de Irati qualquer programa que autorize o exercício de atividades supervisionadas no âmbito da Medicina. Todo serviço de natureza médica deve ser prestado por profissional qualificado, que atenda aos requisitos da lei e dos editais de credenciamento. Qualquer violação a essas regras não será tolerada pela Administração.
Quando questionado pela polícia, o médico responsável pelo carimbo que estava na receita da jovem, admitiu que supervisiona os atendimentos do colega na unidade. Mas que, no momento específico, não acompanhava a consulta. Dessa forma, a equipe policial encaminhou ambos os médicos envolvidos à Delegacia de Polícia Civil, onde tiveram a prisão em flagrante decretada e mantida, por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica.
(*Com informações da Rádio Copas Verdes FM)
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