22/08/2023
Política

Prefeito e secretário se calam diante da denúncia de superfaturamento

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A Prefeitura de Guarapuava ainda não se pronunciou sobre a denúncia de superfaturamento na compra de vacinas contra pneumonia. A RSN procurou o secretário municipal da Saúde, Cícero Antonio Vicentim. Os assessores, como de costume, pediram que a reportagem procurasse a Assessoria de Comunicação que, por sua vez, também como de praxe, não atendeu nem retornou às ligações. A Rede Sul encaminhou perguntas via email ao secretário e ao prefeito Fernando Ribas Carli.
A Administração Carli está sendo investigada pelo Ministério Público numa denúncia de superfaturamento de vacinas entregues pela Secretaria Municipal da Saúde ao asilo de idosos S.O.S. O lote de medicamentos contra pneumococo foi entregue em 13 de maio do ano passado, num total de 48 doses, a um custo unitário (por cada vacina) de R$ 1.541,91. Uma outra cotação, feita por um terceiro, um ano depois da entrega ao S.O.S, no mesmo laboratório fornecedor da Prefeitura, revelou que, na verdade, uma ampola da vacina custa R$ 176,00 – quase dez vezes menos que o valor lançado pelo Município.

PARA ONDE VAI O DINHEIRO
QUE SAI DA PREFEITURA?

As religiosas que cuidam do S.O.S se viram na condição de assinar a nota de recebimento, sem poder fazer nenhum questionamento, já que o procedimento estava em nome da Secretaria Municipal da Saúde. O montante total que consta da Nota de Fornecimento de Material (NFR) era de R$ 74.012,13. Se fosse pelo preço repassado à segunda cotação, o valor seria de R$ 8.448,00, de acordo com a denúncia que está sendo apurada pelo Ministério Público. Os promotores têm em mãos a original da Nota de Fornecimento, assinada pelas religiosas.
A Rede Sul de Notícias publicou uma série de reportagens mostrando o alto índice de mortalidade infantil e de gestantes (Guarapuava é uma das “campeãs” do Paraná) e a situação de abandono das populações pobres na periferia da cidade. Na edição de hoje, o jornal “Diário de Guarapuava” noticiou que a Prefeitura investe 30% do Orçamento Municipal na área de saúde. Ao mesmo tempo, a Rede Sul mostrava a denúncia de superfaturamento, indicando, a princípio, que o dinheiro sai dos cofres municipais, mas não se transforma em benefícios para a população.

Matéria relacionada:

www.redesuldenoticias.com.br/noticia.asp

Cristina Esteche

Jornalista

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