22/08/2023
Política Região

Prefeito vai decretar emergência e moratória em Reserva do Iguaçu

imagem-125560

Da Redação

Reserva do Iguaçu – Após 12 dias de governo, o prefeito de Reserva do Iguaçu, Sebastião Campos (PMDB), ainda não sabe exatamente a real situação em que o Município se encontra. De acordo com o prefeito, não houve um processo de transição e, a cada dia, os problemas deixados pelo governo de Emerson Julio Ribeiro vão se avolumando. “A cada momento nós recebemos novos fornecedores que estão cobrando a Prefeitura. Num levantamento inicial e extraoficial, nós acreditamos que a dívida da Prefeitura com fornecedores, com repasses legais e empréstimos contraídos, chegue a R$ 10 milhões. Vai ser um ano duro, onde a palavra de ordem é economia”, afirma Campos.

COMO ASSUMIU?

Conforme o prefeito, os problemas com a posse iniciaram já no primeiro dia de mandato, em 1º de janeiro. “Nós recebemos apenas uma chave dos fundos da Prefeitura, por onde tivemos acesso ao Paço Municipal. No interior do prédio, várias salas estavam trancadas, móveis e computadores foram levados e, o pior, até o servidor do município não estava mais no local”, destaca.

A notícia mais dura que Campos recebeu logo no início do mandato foi de que apenas uma parte da folha de pagamento de dezembro foi paga. “Nós ainda estamos aguardando a reinstalação do sistema pela Equiplano, que presta suporte ao Município, e os extratos bancários para saber qual servidor recebeu o salário e qual não recebeu. Nossa prioridade é deixar os pagamentos em dia, pois são a sustentação dessas famílias. Acreditamos que poderemos ter um panorama melhor até o final deste mês”, enfatiza. "Com isso, nós não temos a garantia de que os servidores irão receber em dia o pagamento do mês de janeiro, pois temos dezembro para acertar".

ECONOMIA: PALAVRA DE ORDEM

Neste momento, conforme Campos, a prioridade da administração é manter os serviços essenciais, como a Saúde e Educação. “Estamos trabalhando para deixar os ônibus de transporte escolar em condições de rodar, pois apenas quatro de toda a frota, estão mais ou menos, o restante está sucateado. Além disso, a frota de veículos foi sucateada, com carros novos sem peças, com as rodas e pneus retirados e sem condições de rodar. Na Saúde, corremos risco de perder verbas, pois o município não cumpriu as metas estipuladas pelo Governo Federal”.

Para amenizar a situação, Campos conta com a compreensão da população, que está sendo convidada a ver a realidade do Município de perto. “Estamos num momento de economia. Somente foram nomeados os cargos essenciais para o funcionamento da máquina administrativa. Será um ano difícil, onde a meta é deixar a casa em ordem”, enfatiza.

EMERGÊNCIA E MORATÓRIA

Sem saída, o prefeito destaca que o Município terá que decretar Estado de Emergência e Moratória, até que ocorra um levantamento completo da real situação. “Com a Emergência nós poderemos deixar os setores essenciais da Prefeitura em funcionamento, e com a Moratória nós vamos avaliar contrato a contrato, para ver qual é realmente a situação do Município. Não temos saída, a não ser essa, mas estamos confiantes que, com muito trabalho, vamos recolocar o Município no caminho do desenvolvimento”, concluiu o prefeito.

PARQUE DE MÁQUINAS

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.