22/08/2023
Cotidiano Em Alta Região

Prefeitura conquista a posse do Museu Regional do Iguaçu

Prefeitura assegura a preservação da memória histórica do povo que vive no entorno do Rio Iguaçu. São mais de quatro mil peças

Museu Regional do Iguaçu cuja estrutura pereceu (Foto: Divulgação)

O acervo histórico que preserva a história do Rio Iguaçu está ‘salvo’. Isso porque a administração municipal de Reserva do Iguaçu, onde o Museu está sediado, conseguiu adquirir cerca de quatro mil peças. São elementos etnográficos indígenas e coloniais, da flora, fauna e documental. De acordo com a Prefeitura, até então o Museu estava sob a responsabilidade da Copel.

Entretanto, inaugurado em 21 de dezembro de 2000, o espaço histórico constituía-se numa das maiores atrações turísticas do município. Mas o desgaste pelo passar dos anos, a falta de manutenção, e o descaso de prefeitos anteriores, deixaram a estrutura à mercê do tempo.

Alunos recebem o doumento de transferência do acervo para o Município (Foto: Divulgação)

Todavia, nos últimos três anos, a atual gestão municipal, trabalhou junto à Copel, requerendo a administração do Museu. Assim, em dezembro de 2023 a Copel lançou um edital para entidades e Municípios que tivessem interesse na transferência do direito de propriedade do acervo do Museu.

A transferência do Museu à Prefeitura, conforme o prefeito Vitorio de Paula, se consolidou em 3 de agosto deste ano. Mas a solenidade ocorreu nessa segunda (12), quando alunos da Escola Municipal Monteiro Lobato receberam a documentação.

A intenção do Município é ampliar o Acervo trazendo peças que representem o tropeirismo, o Quilombo Paiol de Telhas, as Estações Ecológicas Municipais e a memória dos Barrageiros. Essas culturas também fazem parte da históriade Reserva do Iguaçu.

A ideia de construir o Museu Regional do Iguaçu foi concebida em 1987, como uma das medidas de compensação pela instalação da Usina Hidrelétrica Governador Ney Aminthas de Barros Braga (antiga Usina Hidrelétrica de Segredo). No final da década de 1990, a estrutura começou a ser construída pela Copel. A empresa detinha a concessão para construir e operar a Usina.

Uma das peças do acervo que tem mais de 4 mil itens (Foto: Divulgação)

De acordo com o acervo, o Museu resgata peças coletadas nas áreas de influência de outros empreendimentos hidrelétricos da Copel no Rio Iguaçu. Trata-se de um dos mais expressivos acervos regionais do Paraná. Conta a história da fauna e da flora características de cada Região banhada pelo Iguaçu. Além da história das populações ribeirinhas e do aproveitamento do rio para fins de geração de energia.

Entretanto, com a privatização da Copel, a empresa se desfaz de investimentos feitos há mais 30 anos. Mas a administração municipal já adquiriu o acervo preservando a história do povo da Região. Além disso, já  entregou a documentação de quase 300 casas na Vila C e outras 47 da Vila D, seguem a mesma tratativa. Já as vilas A e B, que são casas mais elaboradas, devem ser vendidas pela Copel.

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Cristina Esteche

Jornalista

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